terça-feira, 20 de abril de 2010

Cap. 11: Uma lembrança. Um reforço. Uma única Kara.



Passos na escada! Hora quem era no meado da noite quando era para todos estarem dormindo? Não era justo! Ser pega por algum chato! Segurei o vestidinho que usava e corri para o meu quarto, no andar de cima.



-O que estava fazendo no meio da noite?- Tomei um susto e olhei. Era um pequeno garoto, sua imagem estava meio ofuscada, mas era bem loirinho e mais velho do que eu.

-Ia buscar água.- Menti.

-Pensei que a cozinha era para o outro lado.

Corei.

-E-então...Eu ia pegar água no...no lago!-Disse em um impulso.

-Princesa, mentes mal. Digas a verdade. -Ele disse.

-Ah! Não é justo! Eu não posso ao menos ir brincar no balanço!

Ele suspirou.

-Não sem alguém.

Protestei.

-Eu não sou tão nova assim! Sei me virar sozinha!!- E enquanto pulava nervosa pude ver meu rosto se aproximando do chão, o que de fato não aconteceu já que ele me segurou.

-Sim, eres. Tens apenas 4 anos de idade e cai sozinha...

-Eu não caio sozinha!! Foi falta de atenção enquanto eu olhava para o meu pé!!-Tentei gritar e ele tampou minha boca.

-Durma princesa. Se aconteceres de novo...

-Nem para tomar água?- Fiz carinha de pidona.

Ele suspirou. Para um garoto de aproximadamente doze anos, que para mim, deveria estar correndo por aí, ele era muito sério. Muito menos.

-Kura.-Chamei e então percebi quem era aquele garotinho. Ele me olhou e sorriu.

-Diga.

-Quando vc se cansará de mim?- Ele pareceu pensativo.Mas logo completei.

-Papai disse que a Senhorita Morela e o Senhor Ka. tinham se cansado de mim e se suicidaram.Até agora vc não se cansou de mim.

-Princesa...

-Princesa não!!! Sassá!-Disse pulando de um pé para outro.

Ele se corrigiu ainda com bom humor na resposta.

-Sassá, eu não irei me cansar de vc.

Pareci entender pq.

-Por que vc me ama? Kura! Vc sabe que eu te amo.

-Sassá, vc é...

-Eu posso ser nova ou seja lá o que vc ia dizer! Mais nunca se é nova demais para amar. -Disse dessa vez séria e muito séria para uma garotinha de 4 anos de idade.

-Sim. Sassá. Boa noite.

-Kura.- chamei de novo e ele olhou.

-Não se canses de mim, por favor.- Kura se aproximou e sorriu.

-Sim.

Fiquei em cima da cama e lhe dei um beijo na bochecha.

-Boa noite Kura.-Ele pareceu resistir a algo e fechou os olhos saindo do quarto. Senti meus olhos arderem como algumas outras vezes que isso tivera acontecido.

Quando dei por mim, não estava sozinha junta de Kurapika.Meus olhos ardiam que nem braza ardente, um fogo percorrendo toda a minha alma, eu não conseguia me manter sentada mesmo assim, porém não conseguia me levantar.Kurapika me segurou e quando de relance olhamos os dois para a janela: Kara tbm estava lá.

E ela trazia reforço. Um grande reforço.


sábado, 17 de abril de 2010

Cap. 10 : Uma surpresa.








Razões para o meu fim...
Existia várias para eu estar morta naquele momento...
Mas algum milagre, ou espécie de pena do destino fez eu ainda estar viva naquele momento. Sucumbida pelo próprio erro. Minha cabeça estava confusa. Alguma coisa de trovão...sangue... Não sei ao certo.




Levantei-me um pouco tonta e com uma dor de cabeça leve. Se eu não visse Kara sentada no sofá fingindo que nada tivesse acontecido não teria lembrado.




-Vc está pensativa. Por que não se afastastes ontem?- Disse kara e fitou um ponto no chão. Não consegui responde-la.




-Eu...-Tentei.



-Idiota! Não era para eu...ter...sua...-Kara chutou a mesinha na sua frente que voou até a parede e fez um longo estrondo quebrando-a. O nervosismo dela afetava até a força.


-Que droga! Preciso me controlar.- Kara tocou na cabeça e soltou um grunhido logo após apertando o sofá e fazendo um buraco nele.


-Eu nem devia estar aqui. Minha preocupação...eu...- Kara tentava o máximo se controlar.


-Calma, estou bem. Acho que é o que mais importa.- Tentei.


Kara me olhou. Percebi que seus olhos estavam vermelhos como na noite passada. Passando longe de mim ela gritou algo que naum consegui entender, mas logo soube. Ela meteu a mão em um espelho grande na sala dela quebrando-o em pedacinhos.


Me joguei no chão tentando sai do alvo dos pedacinhos e, quando olhei novamente alluka não estava mais ali. Uma surpresa por que não tinha nem se passado 5 segundos que eu tinha olhado novamente para a sala e para o espelho.


Comi um biscoito que tinha na casa dela e segui para a casa de Kurapika para tentar me desculpar pelo ocorrido. Quem atendeu fora Gon.



-Oiii!! Tudo bom??- Fiquei a pensar e quem sabe quando Kara voltasse eu poderia mostrar ela para todos, duvido que ela conhecesse. Não seria uma má ideia. Meus pensamentos voaram longe.



-Tudo! O Kurapika está??- Perguntei sorridente e Gon assentiu e Killua apareceu a porta. Ele não estava com uma de suas melhores caras.


-O que vc quer?- Ele perguntou rude e eu tentei lembrar o que tinha feito ontem, mesmo com a cabeça latejando.


-Falar com o Kurapika.-Disse.


-Killua, vou chamar o Kurapika! Não deixa a Sassá ir embora como ontem, viu? -Disse Gon.


-Sim. -Disse Killua sério.



Gon partiu.


-Não sei o que fazes aqui.



-Fiz algo? -Perguntei.


-Não sei. Acho que só vc saberá. Por que não tentes perguntar para alguém? -Killua arqueou uma sobrancelha.


-Killua...vc está estranho...vc...-Disse e Killua tirou a mão do bolso de qual saia um pequeno raiozinho.



-Sim, estou, se queres me dar licença...- Killua me empurrou e saiu. Se eu pudesse entenderia.


Kurapika apareceu na porta secando o cabelo com a toalha. Sorriu.


-Entra.


-Cade o killua? Me espera!!!-Disse Gon e saiu correndo.


-Hm...mto estranho! Tres garotos em um mesmo apartamento. -Disse rindo de brincadeira.



-O que insinuas?-Ele disse e me agarrou que nem um saco de arroz me tacando no sofá.



Ele tocou em meu rosto.


-Achas mesmo que vai sair dessa sem problemas?- Ele disse e completou- Ainda não me pedires desculpas por ontem.



-Comecei a rir e quando estávamos próximo para se beijar...



Uma lembrança me veio...





Meus olhos abriram-se e eu me senti como se tivesse caindo em um abismo e nunca conseguisse voltar. Como se eu realmente voltasse a ficar em coma, só que dessa vez eu não estava em coma, eu estava lembrando de coisas que por muito tempo eu esqueci, coisas que por muito tempo ficaram em minha cabeça, mas nunca tive a chance de lembrar...



Agora eu lembrava...






Surpresas não esperam, apenas acontecem, sem pedir autorização ou identidade..

O que achou?