quarta-feira, 28 de julho de 2010

Diário da Sá.




Eu devia tentar agradecer por não ter memórias. É verdade. Eu não queria que elas existissem nesse exato momento! Daria quanto fosse para apagar da memória o ser mais inútil da minha vida: Alluka.

Eu até acreditaria no que fosse. Iria até para o lado de quem tivesse que ser. Livraria desse carma de "ela me ajudou".


A verdade é que eu não me lembro de nada de hoje e é sério. Eu queria lembrar hoje. Alluka fica rindo pelos cantos...Eu acho que fiz alguma besteira embora ela nada diga. As vezes queria perguntar para alguma enfermeira, mas e se fosse ruim o bastante para eu querer esquecer?


Odeio quando perguntas rondam minha cabeça ú.ú Odeio esses tipos de perguntas e odeio o riso de Alluka! Ela não sabe mentir ¬¬ e nem omitir.Vire e mexa vejo ela pensando em Misu... Eu não sei como é a Misu... Mas jurava que ela não era.... meio... um pouquinho só loira....


Eu devo estar ficando louca. Se eu fiz alguma besteira não foi por mal... Pessoas me matariam depois dessa -lê-se Kurapika. Enquanto isso eu fico pensando em como tentar lembrar...


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cap. 2 : Aconteceu.




Eu acordei sem saber exatamente o que tinha acontecido. A minha cabeça rodava e eu estava em um hospital. Usava um pijama verde hospitalar. O sol batia entre a janela e Alluka olhava deste. O silencio pairava sobre a sala. O por do sol iluminava o rosto de Alluka dando um contraste com seus olhos verdes.

-Sentirá uma dor de cabeça...Bateu com esta a pouco tempo atrás.

Eu estava pior do que bebado. Tentei me esforçar para lembrar de algo, mas nada vinha em minha cabeça, era como se tudo tivesse sido apagado. Alluka pôs-se a explicar:

-Voce bateu com a cabeça em um poste quando vinha correndo na direção dos garotos...

Tentei imaginar aquela cena. Era cómico.

-Mas alguma coisa idiota que eu fiz?-Perguntei corando.

Alluka pareceu pensar.

-Acho que não. Depois vc desmaiou e caiu... e ta aqui agora.- Alluka parecia se divertir ao dizer isso. Eu não via nenhuma graça com aquilo!

-Antes disso...Quando vc ainda estava no controle... Voce quis pular a parede...Foi difícil mostrar a vc que aquilo ali era uma parede.- Ela mostrou uma parede.

-Certo...Eu lembro de algo parecido com uma janela ú.ú- Comentei rindo um pouco.

Ela riu um pouco e lembrou de algo desagradável...Não entendi por que ela ria...

-Ok. Vc não parece estar bem.- Disse fechando o sorriso e arrancando o tubo que estava em minha mão.

-Voce não pode sair.-Ela disse fechando o sorriso.

-Eu quero. Tente a sorte me impedir. Poderia te vencer como venci na floresta.

O olho de Alluka brilhou um pouco vermelho e voltou ao verde.

-Eu não deixarei.

-Tente.- Disse pegando a minha espada na cabeceira da cama. Alluka olhou esta.

-Não vou te atacar. Prometi isso.- Ela tentou sorrir.

-Quando voce prometeu isso que eu não me lembro? -Disse e o último raio solar saiu do quarto.

-Sempre. E nesse exato momento.

Mostrei uma tentativa de sorriso e então apelei.

-Prometeu o mesmo para Misu não foi mesmo?

-Não se atreva a...

-Eu já sei da história toda. Fala sério!

-Não quero cometer o mesmo erro.- Disse ela.

-Nem eu. Por isso fugirei antes de que algum problema possa acontecer. Antes que eu sofra como sofri.

Ela riu.

-Vá então. Ainda nos encontraremos muitas vezes. Aliás, soube que descobriu o que é não é mesmo?

Meu sorriso fechou. A olhei com ódio.

-Sim. Isso não lhe interessa. Eu...

-Eu já sei tbm. -Ela começou a rir.

Sai dali, antes que fosse tarde.

Antes que tudo estivesse perdido.

Antes que eu voltasse a sofrer.



'O meu último pedido foi nunca lembrar. Mas do que seria bom não ter lembranças se quando te vejo sei que és essas tantas que quero esquecer?'

segunda-feira, 12 de julho de 2010




BÔNUS.



Diário de Sá.


Não faz muito tempo que precisei de um diário para descarregar todos os meus sentimentos. A verdade, é que Alluka que me ensinou a usar deste como seu aliado já que nesses tempos não temos aliados.


Hoje foi mais um dia que precisei escrever aqui para esparecer um pouco toda a raiva que tive e que não acabou quando soquei a cara de Drácula. Ele é patético e sempre está tentando seduzir embora nunca consiga isso comigo. Eu o odeio.


Aprendi também com uma velha amiga minha, embora não goste de usar disso como ela usa e embora tenho planos para o futuro para que todos se satisfaçam mesmo que isso valha a minha morte a usar as pessoas e o que elas tem. É exatamente o que faço a respeito de Drácula, uso suas aptidões de ensino para logo estar treinando sozinha ou com alguém ainda mais forte.


Sabe, escrevo aqui também por que é mais fácil alguém achar isto e não sentir tanta saudade de mim como creio que sentirão. E também por que foi a partir de um diário que conheci a amada de Alluka: Misu.


Nada que estou muito afim de comentar hoje...Por que só venho aqui introduzir o meu diário.

Algo a não esquecer quando tudo estiver no fim....E como último pedido, mesmo aqui a única coisa que peço áquela que fora a única amiga de verdade que tive... Que como Misu, ela lembre de mim em seu diário, mesmo que para dizer que passei despercebida como creio ter passado.


Queria ter um destino melhor, é o que mais quero. Porém por enquanto é isso.

domingo, 11 de julho de 2010

Cap. 1: Tempo de aprendizagem. Encontros Inesperados.




Estava usando uma calça elástica rosa pink e uma blusa preta. Os cabelos soltos ao vento quando não tinha chances de ser perseguida. Em mim cintura havia um par de luvas ganhado de uma pessoa depois de matá-la. Naquele dia agarrei minha espada quando ouvi a mais ou menos dois metros e meio alguém molhando o rosto no lago. Um intruso? Aquela era uma floresta habitável, mas o cheiro daquela pessoa não parecia ser de ninguém que habitava as redondezas dali ou era um mero turista. Era alguém perigoso.

Coloquei meu par de luvas e prendi o meu cabelo para nenhuma interrupção do ar. Pronta para atacar esperei a pessoa molhar o rosto novamente e ataquei.

Esta segurou minha espada e tentou um chute. Suas espadas estavam longe. Consegui bater em sua mão e minha espada voou. Segurei-a. Ela já estava com as duas espadas na mão. Desapareci e apareci por trás. Quando ia atacá-la a espada dela cintilou com a minha. Tentei um chute e ela desviou. Nossas armas cintilaram de novo e ela teve que se desviar da árvore atrás dela molhando o pé na lagoa gelada. Ela saiu logo.


Soltei a espada mostrando querer luta livre e ela estalou o pescoço fazendo o mesmo. Ela desapareceu e tentou um soco, abaixei e lhe dei uma rasteira. Ela pulou. Na mesma hora desapareci acertando sua barriga. Ela tinha me substimado. Ela ficou surpresa com o soco embora não esboçasse nenhuma reação, muito menos dor.Ela caiu no chão, mas quando ia se levantar um vento gélido ultrapassou nossos corpos e eu a olhei vendo seus olhos verdes fitando-me. Eu a conhecia.


-Vo-Voce. -Disse sem saber se esboçava tristeza ou alegria.


-Voce cresceu Sassá. Já não luta que nem uma fracote. -Ela sorriu e se levantou.


-Obrigada.- Disse e me reverenciei. Alluka na mesma hora puxou meus braços para as costas e fora com tanta força que minhas pernas não respondiam para chutá-la.


-Espere tudo em uma luta. Nunca se rebaixe. -Ela disse e me soltou. Massagiei meus dedos tirando as luvas e pegando minha faca novamente.


-Tanto tempo.- Disse.


Ela riu com alguma ideia idiota na cabeça. A qual pois se a falar:


-Eu sabia que ainda íamos nos encontrar.- Ela sorriu e eu não vi nada plausível em sua cabeça que pudesse me responder aquilo.


-Por que?Co...?-Disse e ela me interrompeu.


-Por que nesse exato momento não estamos mais sozinhas.- Alluka olhou para um lado da floresta e eu senti uma leve tontura tomando conta de mim. Alluka me segurou.


-E começa agora.- Ela disse. Me lembro de olhar em seus olhos e tudo ficar preto. Agora eu estava presa de novo no obscuro de minha alma. Não sei por quanto tempo. Não sei até quando.


Talvez para sempre.








"Encontros inesperados trazem problemas inacabáveis e amores inesquecíveis. Trazem pessoas nunca mais vistas ou esquecidas. Trazem novamente as feridas que eu tinha em meu coração. [Sassá- chan]

sábado, 19 de junho de 2010

Prólogo da Segunda Temporada.




Prólogo.




Treinar da forma que eu treinava assim só não bastou. O obscuro de minha alma corroía aos poucos o meu ser e eu tive que achar uma maneira de ser forte por contra própria.

Todo dia lutando para não ser o alvo certo e aprendendo a sorrir até mesmo triste. Aprendendo a ser forte vendo aquilo que chamamos de alma desaparecendo aos poucos.


Como alimento tive que aprender a caçar e cozinhar ou até mesmo nas piores das situações - que muita das vezes eram quase todas - Me alimentar de pessoas que eram humanas. Se eu era humana? Não saberia mais informar isso. A verdade dói, mas eu não senti nem um nojo daquele sangue escorrendo pelas minhas mãos.


O brilho escarlate dos meus olhos eu já conseguia controlar e, agora nesse meu novo recomeço eu usava vestimenta que a muito tempo nem sequer pensava em usar. Eu mudara e sabia disso.


Não poderia eu desvendar o que o meu futuro poderia me trazer. Eu tudo muito incerto e ingenuo. Eu muita das vezes agia assim. Meu destino? Talvez. Talvez andar pela rua em busca de uma pequena luz possa mudar o meu destino, talvez encontrar o que eu era novamente possa mudar algo.

Se até lá eu ia viver? Apenas este poderia me dizer isso.


Sassá.

sábado, 12 de junho de 2010

Capítulo bônus.




Narrado por: Sassá.


Acordei com um barulho no teto do meu quarto e então Kurapika abriu a porta do meu quarto ferozmente. Olhei-o sem entender. Era provavelmente apenas um vazamento na caixa d'água.


-Sassá, arrume-se vamos. Precisamos correr.- Ele disse rapidamente e me olhei de forma assustadora enquanto eu me levantava para poder correr.


-O que está acontecendo? -Perguntei e como estava vestindo um vestido coloquei um casaco por cima. Ele olhou a janela, seu olhar era frio e também vermelho. Eu conhecia aquele vermelho, a marca de meu clã. A marca de nossas vidas e de nossos destinos. De nossas emoções ou perigos.


-Tenho que te salvar minha Sá.- Ele disse e segurou minha mão. O olhei nos olhos. Como sempre as lágrimas tentaram atacar meu rosto.


-O ataque final?- Perguntei e ele olhou a janela e assentiu. Logo em seguida ele me puxou e me tacou no chão. A janela fora quebrada e os vidros voaram pelo corpo dele todo. Eu voltei tentei ficar forte para não chorar. Ele provavemente estava ferido como todo o meu povo e eu não gostava de pensar nessa ideia.


-Vamos.- Ele se levantou. Tinha um corte na bochecha o que mesmo assim não fez ele deixar de correr. Ele me pegou no colo e pulou a escada em apenas segundos. Chegamos no pátio e este estava cheio de pessoas do meu povo tentando lutar e salvar suas vidas. Não acho que tenham nos percebido já que não vieram até nós. Kurapika correu e pulou junto de mim até um monte de corpos todos mortos não fazia muito tempo e ainda assim jorrando sangue.


-Fique quieta. -Ele ordenou e acho que tinha um plano para fazer nós fugirmos daquilo tudo. Ele tinha que ter. Observei dois homens e uma mulher se aproximar de um homem totalmente encolhido. Kurapika me olhou, seus olhos não estavam mais vermelhos, porém estava com um olhar de uma mistura de pena e tristeza. Olhei de novo para o homem.


-Tudo menos a minha filha. Mate todos, até a mim!- Gritou o homem e eu percebi ser o meu pai. Tentei mostrar que estava ali. Olhei-o. Ele devia correr, devia fazer algo. Meu pai era forte e rude. Ele conseguiria. Ele não podia me deixar ali morrendo.


-Voce acha que se sua filha sobreviver vai valer a pena? Vamos matar todos daqui! Mesmo que ela sobreviva ela não conseguirá ter descendentes. Se liga!- Gritou o de cabelos mais claros. O outro, de cabelos pretos e olhar mais frio fez um gesto com a mão para o outro parar de falar. Seu olhar mostrava que não teria pena. Ele sabia o que fazer.


-Por que fazes esse pedido? Achas que não sei que eles devem estar saindo do quarto nesse exato momento?- O pai não sabia o que dizer. Ele deveria estar pensando quem devia ter contado. E para ser sincera nem eu mesma sabia quem poderia ter sido.


-Por favor.-Pediu o meu pai e o de cabelos escuros me olhou. Quer dizer, olhou para para onde eu estava. Se ele me viu eu não saberia dizer.


-Sim, talvez se eu tiver piedade.- Disse o de cabelos castanhos escuros e fez um gesto de desdém com a mão. A mulher que estava ali e o homem de cabelos castanhos sorriram. Enquanto o de cabelos castanhos brincava de enfiar e tirar a espada do estomago de meu pai a mulher esquartejava. Eu não conseguia ver aquilo. Era muito para mim.


-Não!!!!!!!!!Voces não...-Kurapika demorou mais tampou minha boca. Eu sabia que tinha feito besteira, mas eu não poderia aguentar ver meu pai morto na minha frente por mim. Lágrimas escaparam de meus olhos e Kurapika destampou minha boca. Ele também estava sem reação.


-Voce não devia...-Ele disse sério e uma espada surgiu em sua mão. O homem de cabelos escuros virou-se de volta com um sorriso nos lábios. Eu sabia que naquele momento estaria morta. E Kurapika também por tentar me salvar.


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-Ora, ora. -O de cabelos castanhos escuros me pegou pelo pescoço, eu não aguentava ficar sem ar e Kurapika tentava se soltar do homem e da mulher. Ele já estava gravemente ferido.


-Me...sol...ta-Disse e senti meus olhos quase fecharem e sairem sangue por eu estar sem ar.


-Claro princesinha. Serás a primeira a morrer ou queres ver o seu principezinho morrer? -O de cabelos escuros sorriu e a sua dulpa riu também. Ele olhou feroz para Kurapika.


-Verás sua namoradinha morrer.- O de cabelos castanhos escuros enfiou com toda a força uma espada na minha barriga e eu senti na hora uma dor estonteante, embora depois parecesse normal. Algo gosmento passou pela minha garganta e quando escapou pela minha boca pude perceber que era sangue. Eu estava morrendo. E não tinha o que fazer.


-Adeus minha lindinha. -O de cabelos escuros me tacou na pilha de corpos e eu apenas consegui ver ele enfiando a espada em Kurapika que depois disso fugiu e tentou me pegar na pilha de corpos, mas também caiu.


Talvez ele ainda pudesse sobreviver mais do que eu. Se talvez ele tivesse com o único presente que eu tivesse lhe dado... Talvez este o tivesse salvado. Talvez ele ainda vivesse. Eu estava morta. E como morta fechei meus olhos para a morte. Para sempre. Sem ninguém.


Sem Kurapika.



Obs: Presente >> Um colar com um pingente em forma de morango. Destruido em mil pedacinhos por ter salvado a vida de Kurapika...


Fim da 1temporada.

domingo, 6 de junho de 2010

Cap. 14: A última escolha.

Aviso a todos que esse será o último episódio da primeira temporada. Dividi a história em duas temporadas para dividir a época em que ela ainda descobria as coisas e como última amostra ela se separa de Alluka da época em que ela começa a treinar para se transformar em uma pessoa mais forte, quando tudo começa a tomar um ritmo diferente.
Espero que entendam o que estou querendo dizer e como último aviso queria dizer que depois do último capítulo haverá um capítulo bônus.

Obrigada.

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Alluka se fora para sempre. Suas pequenas marcas em meu coração nunca seriam deixadas porém canalizadas e mantidas para sempre em um calabouço amargurado e sem fim. Enraizadas na profunda tristeza, mantidas no frio da alma, tirando um pedaço de mim que por alguns segundos de vida eu descobrira ser meu.


Meu destino cristalizado, a dor que um dia pensei nunca existir cegando meus olhos. Eu não tinha como sobreviver, eu não tinha motivos para viver. Meu coração tinha sido destruído, jogado no abismo como forma de sobrevivencia. Eu não tinha ido junto dele. Eu ainda sobrevivia ali.






Naquele dia corri para me refugiar da chuva que mostrava-se determinada a limpar os pecados mais absortos de um alma corrompida como a minha. Porém parei de relance ao olhar o beco. Meus olhos arderam. Algo forte. Entrei dentro do beco escuro.




-Finalmente. -Ouvi e um homem deveras bem arrumado surgiu a vista.




-Quem é voce?- Perguntei rudimente.




Ele balançou um pouco os cabelos e sorriu.




-Não conheces Drácula?- Ele riu um pouco.




-Não.- Disse e um vento gelado ultrapassou o meu corpo.




-Que pena. Teria eu uma proposta para vós.- Bradou ele. Enrijeci. Proposta? Que tipo de proposta?




-Algo me diz que procuras alguém para companhia.




-Não procuro companhia.-Disse rude.Olhei para minhas mãos.O que eu realmente procurava? Qual era o destino que eu seguiria dali para frente? Uma ideia me ocorreu. Eu não queria ser protegida ou aquela que colhe seus pedaços, retalha seu ser em pedaços insignificantes. Eu queria poder tomar conta de mim. Eu queria ser forte. -Eu quero aprender a lutar.




Pensei e começar com "Drácula" poderia me dar alguma base para começar a treinar sozinha e treinar meus pontos fracos.




-Posso lhe ajudar se voce me ajudar.- Ele disse.




-O que voce quer? -Minha pergunta foi bem taxativa.




-Alguém para eu saciar minha fome quando preciso.




-Desde que para isso toda vez que se sentires assim decida lutar contra mim e quem ganha escolhe...-Propus inteligente e ele pareceu considerar.




-Começamos agora.-Ele sorriu maliciosamente.




-Não!- Gritei- Começamos amanhã de manhã.




Ele assentiu nao tão satisfeito assim. Segui para a pousada.




Ali estava minha despedida. Ali estava minha vida recomeçando, meu coração colhendo seus pedaços e aprendendo como única forma de sobrevivencia a viver sem a parte que lhe faltava.




O dia de esquecer tudo.




O me dia de despedida.... Para sempre.








O destino nos leva as vezes a confusão,outras vezes a loucura. Nunca vi ele me levar para onde sempre quis estar nos meus últimos minutos de vida.[Sassá]Fim da 1ºtemp.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cap. 13: Despedidas.

Um dos ep. mais tristes...T.T
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-Kara...-Eu não sabia como tentar dizer alguma coisa.


-Esqueça. Sá. Não digas o que pensas dizer, não sou boa o bastante para ouvir. Por favor apenas pense que foi um acaso e que tudo tem que acabar agora...Bem...Vc tem que partir.- Disse Kara e eu senti lágrimas em meus olhos. Mal sabia de meu passado e já tinha uma sentença. Ir embora.


-Kara... Eu mal acabei de...


-Voce já está comigo faz um ano e 2 meses, talvez agora nossas receptoras devem estar se conhecendo e precisamos fingir que nem se conhecemos, o futuro fará vir de volta o que um dia deixou de existir. Ou talvez existiu...-Kara olhou para janela como se tentasse dizer algo muito duro para ela.


-Por que dizes isso? Por que tenho que partir?- Disse jogando as palavras ao vento, sendo essas minhas últimas, sendo essas palavras de dor que corroíam a alma do ser mais incapaz de sentir...Como Kara achava ser...


Ela pareceu querer acabar com aquilo rápido, talvez para chorar como acontecia comigo naquele exato momento.


-Seu passado logo voltará todo e voce saberá o que eu estou querendo dizer Sá.-Ela disse e pressionou os lábios continuando.- Sá, eu preciso ficar longe de voce antes que voce não me perdoe...


-Kara...Eu...-Tentei,mas ela fez um sinal com a mão mandando eu parar para ela continuar.


-Já cometi erros horríveis eu lhe contei que já. Já fiz coisas ue ninguém faria! Já matei uma amiga querida! Já quase matei... -Ela pressionou os lábios novamente.- Logo serei tentada a cometer esse erro de novo e não poderei resistir em nenhuma ocasião. Trabalhos são...Não...-Ela cortou-se e olhou para o chão. Logo se aproximou de mim em passos lentos e segurou a minha mão direita no qual tinha um pequeno corte de algum tempo atrás...


-Eu ainda farei muitas coisas horríveis, realmente, coisas que lhe são inimagináveis e todos, até voce pensaram que eu mudei ou coisas ilusórias desse tipo, mas Sá, uma coisa que eu não pude prometer a Misu eu lhe prometerei... Sempre estarei do seu lado e sempre estarei a lhe proteger. Sempre.- Kara passou a mão por seu rosto e logo soltou a minha mão.


-Arrume a sua mala Sá.- Ela se virou de costas para mim olhando para a janela. Eu sabia que ela se segurava para não chorar. Eu estava sem ação, não conseguia nem responder a Kara. Corri para o meu quarto e algumas peças de roupa que tinha joguei em uma mochila que tinha no quarto. Era para sempre. Ou pelo menos até quando a eternidade fosse convidativa. Peguei o diário que tinha ganhado de Kara e corri para sala.


-Adeus,- Disse tentando alguma desculpa.


-Vou fingir que nunca nos vimos na vida, nunca mais estarei a lhe encher. Espero que o mesmo valha. -Ela disse e continuou olhando para a janela. Assenti meio inconformada com a nova vida que teria que levar. Abri a porta e olhei-a como última lembrança.


-Para sempre?-Disse depois de um tempo limpando a lágrima que caia dos olhos. Kara então me olhou, suas íris vermelhas e seus olhos também, algumas lágrimas no olho.


-Talvez. -Ela pausou um pouco.- Talvez voce me agradeça no futuro. Talvez essa seja a última vez que nos veremos... O futuro dirá.- Ela olhou para o diário na minha mão.- De verdade eu o li, mas não foi por que quis, apenas por que escrevi uma mensagem nele.- Olhei- o afim de abrir para ler.- Leia depois que estiveres bem longe. Longe demais para se lembrar de mim, longe demais para me ouvir, longe de mais para me ver assim.- Kara sorriu e então eu ameacei fechar a porta.


-Posso te contar as últimas coisa que queria que soubesse antes de ir embora para nada ficar perdido no ar?- Ela perguntou e eu assenti fechando a porta, porém continuando ali parada.


-Em alguns lugares, acho que na maioria voce me conhecerá por um simples nome: Alluka. Poderia dizer que até Killua e Kurapika já devem ter ouvido esse meu nome. -Disse Kara...ou Alluka... -Prefiro que me chame como prefirir. Tanto faz, embora acho que Kara é como a maioria deve me conhecer por enquanto.


-Sim. -Disse atenta a ouvir suas últimas palavras.


-Aquela que te visitava...É uma pessoa conhecida minha, logo saberá quem é...Eu a odeio, mas só voce saberá...-Ela olhou para pensar um pouco.- Só voce como viva saberá que mesmo com tudo eu a odeio e sigo o meu... algum... caminho.- Kara estava um pouco confusa.- Não quero que pense mal de mim.


Sorri.


-Não. Sendo Alluka ou Kara acho que todas já conheci, e perdoo todas por mais ruim que tenha sido o erro que tenha cometido contra mim. -Disse e abri sua mão. Alluka me olhou de soslaio com seus olhos escarlates e eu depositei em sua mão um pingente em forma de coração. -Tinha ganhado da florista, ela disse que era para eu guardar, porém achei a pessoa certa para guardar para mim.- Disse e sorri embora meu coração estivesse apertado e angustiado.


-Sá. Guardas tu.- Disse Kara em tom rude.


-Adeus.- Disse e lhe mandei um beijo tentando parecer alegre, mas estava uma cena estranha, eu tentava sorrir cheia de lágrimas nos olhos.-Se cuida! Cuidado para não me morder na esquina. -Brinquei e minha respiração saiu abafada.


-Adeus. Siga em frente. Sempre.-Disse Kara e eu peguei a minha mochila e meu diário e olhei para o apartamento.


-Viver uma nova vida... Pode ser...-Disse e fechei a porta do apartamento.


Não me lembro por quanto corri, por quanto chorei, por quanto apertei o diário contra o peito. Não me lembro de sentir a chuva me molhando ou de olhar para trás. Apenas de me guiar como as palavras de Kara. Apenas de seguir meu caminho, distanciando do que para mim era a verdade, do que para mim seria a minha vida.


Do que eu teria que esquecer...talvez.


Quando dei por mim estava em uma pousada, se meu dinheiro tinha dado para aquilo? Não sei. Pensei ter sonhado, mas não vi Kara o dia todo que estive na pousada e percebi que era verdade. Então vi meu diário e peguei para ler o que Kara tinha escrito.


Sassá,


Apenas leia, como últimas palavras. Uma simples ilusão minha pensar que voce não lembraria de mim. Eu temia isso. Voce sabe agora. Por favor, me perdooe por tudo, mas eu causei mortes inexplicáveis e voce temeria isso em qualquer hipótese. Eu matei a única pessoa que eu confiava em minha vida e tive um passado inescrupuloso demais para contar-lhe em uma carta.


Criei problemas onde não existia, inclusive. Eu compliquei a sua vida e por mais que eu tenha me arrependido e voce diga que não eu poderia complicar ainda mais. Creio que é melhor viver assim, melhor para todos e ninguém precisa se ferir. Não agora. Espero que entenda que digo isso de coração e que a tormenta e a angustia não lhe consuma como vem me consumindo e que voce possa viver um futuro que, de fato, eu sei que não tenho.


Te amo embora voce possa não acreditar.


Alluka ou Kara se prefirir.


Fechei o meu diário e olhei para as estrelas de qual Gon me falara. Será que naquele momento as estrelas estariam fazendo o que seria de bom grado para todos? Será que as estrelas me olhavam de lá de cima? Será que percebiam meu sofrimento? E se percebiam será que elas poderiam me fazer um favor?


Se pudessem eu só lhes pediria uma única coisa...Se elas podiam...


Apenas interceder. por mim... Apenas guiar-me.


Apenas guiar e interceder por Alluka...


Se fosse possível....









As vezes a vida no faz querer que exista anjos. Talvez não para nos ajudar, mas quem sabe interceder pela pessoa querida.[Sassá & Alluka]

sábado, 15 de maio de 2010

Cap. 12: Estrelas.




Kara sorriu completamente feliz e eu não entendi muito bem. Por um minuto fixei meus olhos nas pessoas ali presentes. Um loiro e uma loira. Um de cabelos pretos ao lado dela. Kara se virou para a janela e a fechou. Virou-se novamente e olhou para baixo.

Uma respiração muito forte fez eu perceber que Kurapika estava ali. Seus olhos vermelhos e de alguma forma eu sabia que sentia um formigamento nos olhos, meio estranho. Kara olhou-me.

-Desculpe entrar assim, apenas fiquei preocupada com Sá.- Por algum motivo tive certeza que era aquela uma desculpa esfarrapada.

-Tens certeza?- A voz ecoou por toda a sala. Kurapika olhou rapidamente para a porta e novamente para Kara. Kara sorriu e eu vi Killua de repente ao seu lado de braços cruzados.

-Olá.- Disse Kara e um sorriso falso brotou em seus lábios.

-Olá.- Disse Killua em tom rude e seu olhar fixou-se em mim. Não entendi muito bem, mas Kara apenas assentiu dizendo algo como ‘está sabendo’.

-Não entendo.- Disse e por um minuto os olhares voltaram-se a mim.- O que está acontecendo aqui?

E então uma dormência me veio nas pernas de forma que me fizeram cair, como se o obscuro da alma me engolisse junto ao vácuo. Era como se a pequenez do meu ser pudesse ser englobada por algo menor ainda.

E então tudo passou de um relance...

Kurapika corria em direção a porta para fechar. O de cabelos pretos avançava em mim. Killua tentou dar um soco no rosto de Kara que esquivou. Gon apareceu e a loira partiu ao seu encontro. Kurapika foi lutar contra o de cabelos loiros.

E então tudo voltou ao normal.

-Acho melhor pararmos com isso, apenas quero levar Sassá de volta para casa.- Bradou Kara.

-Não creio em suas palavras mal ditas.- Disse Killua e juntou as mãos que pareceram dar circuito.

-Não creia. Basta Sassá para crer.

E eu me vi naquela encruzilhada, momento de destruição.

-Se você pudesse pedir para eles saírem de minha casa, eu agradeceria e poderíamos conversar formalmente no Central Park. –Disse Kurapika e me olhou.

Todos desapareceram sem deixar vestígio e Killua por sua vez nervoso desapareceu e no mesmo tempo a lâmpada da sala cai. Estávamos sem luz. E killua nervoso.
Seguimos para o Central Park, enquanto eu fingia brincar no balanço com Gon, eu aproveitava meus ouvidos para escutar o que Kara conversava com Kurapika, embora a conversa não me agradasse.

-Quais sãos os seus planos?- perguntou Kara em seu tom extremamente baixo.
-Esperaria que você me respondesse.- Bradou Kurapika.

-Minha amiga, preciso cuidar dela.-Kara sorriu.

-Sério? Então o que me diz de...?- Kurapika se próprio cortou e percebi que ia olhar para mim nesse exato momento. Fingi dizer para o Gon por que as estrelas não apareciam naquele exato momento, porém ele mesmo tirou minhas concentrações.

-Por que elas são únicas. Iluminam a hora em que nosso corações mais precisam de iluminação.

Fiquei sem ação naquele momento. Gon tinha tirado até minhas forças para falar. Meu chão não estava ao alcance.

-Por que achas isso?- Perguntei ao mesmo tempo em que engolia seco.
-Por que minha tia me disse. Talvez as pessoas que mais amamos, aquelas que estão mortas estejam nos olhando como estrelas, esperando que as olhemos e possamos perceber que um dia podemos brilhar como todas elas brilham.

Eu estava sem palavras.

-Gon. –Foi a última coisa que ouvi Kara dizer.

Kurapika conversou algo com Kara q nem eu consegui saber o que era. Tentava saber o que era, porém nada ajudava nessa ocasião. Gon tinha me pegado de surpresa. Eu nunca sabia que o Gon pensava assim...

Kara me levou para o seu apartamento e eu bombardeei-a de perguntas.

-Por que o espelho se quebrou?

-Para eu desaparecer sem você perceber.

-Por que você queria desaparecer sem eu ver?

-Porque eu precisava averiguar coisas.

-O que você precisava averiguar?

-Pessoas.

-Que pessoas?

-Pessoas.

-Por que?

-Por que sim.

-Por que sim não é resposta.

-Respostas não precisam ser completas.

-Precisam sim.

-Continue Sassá.-Ela cortou.

E Kara respondia enquanto limpava a sua espada. Porém teve uma hora que eu não tinha mais perguntas, além de por que aquelas pessoas. Resposta: Tinha saído com ele e eles me acompanharam. Mas eu não conseguia ter confiança em sua resposta, o que me fez ficar quieta. Dessa vez fora ela que me perguntou:

-O que aconteceu realmente no apartamento do Kurapika?

Me lembrei então que tinha tido uma lembrança, meio incomum, mas uma lembrança. Eu não queria contar, por que era meio estranho pensar nela. Kara apenas me olhou como se entendesse e então assentiu.

-Foi boa?- Ela perguntou já sabendo o que tinha acontecido.

-Foi.- Disse e ela olhou para baixo. Tinha algo na minha vid que tinha sido ruim. Kara apenas respondera que sim.

-O que tem de ruim? O que aconteceu?- Perguntei tentando retirar algo dela.
E então eu vi uma arvore de flores brancas. Muito bonita. Alguém estava sentada nela. Me aproximei.

-Quem é você?-Perguntei.

-Por que saber? Em pouco tempo ninguém mais saberá quem eu sou. –A garota olhou para baixo.

-Como assim? –Perguntei sem entender.

-Esquece Princesa. Seu criado vem vindo aí. Me esquece, dói menos para todos.- Ela disse e eu senti lágrimas nos olhos.

-Já tive que esquecer de muita gente para esquecer do meu povo. Todo aqui são importantes para mim, são estrelas do meu céu. Nunca sei quantas ao todo são, mas sei que estão ali e se eu pudesse passaria a noite todas confortando-as.

-Você não pode confortar todos.- Ralhou a garota.

-Tem razão, mas o máximo que eu puder já vale a pena.

A garota ficou perplexa, não sabia o que fazer a respeito. Olhei –a e sorri.

-Se cuida.- Sai correndo.

E a lembrança acabou.

-Aconteceu algo?- Perguntou Kara se levantando do sofá segurando a espada. Limpei as lágrimas que caiam.

-Kara.- Disse por um segundo. Kara estava perplexa. Eu devia estar muito branca ou algo do tipo. Ela não falava nada.

-Eu lembro de você.- Disse.

Kara deixou a espada pesada cair no chão.


Voce pode tentar fugir, mas nunca se livrará. [lilith]

terça-feira, 20 de abril de 2010

Cap. 11: Uma lembrança. Um reforço. Uma única Kara.



Passos na escada! Hora quem era no meado da noite quando era para todos estarem dormindo? Não era justo! Ser pega por algum chato! Segurei o vestidinho que usava e corri para o meu quarto, no andar de cima.



-O que estava fazendo no meio da noite?- Tomei um susto e olhei. Era um pequeno garoto, sua imagem estava meio ofuscada, mas era bem loirinho e mais velho do que eu.

-Ia buscar água.- Menti.

-Pensei que a cozinha era para o outro lado.

Corei.

-E-então...Eu ia pegar água no...no lago!-Disse em um impulso.

-Princesa, mentes mal. Digas a verdade. -Ele disse.

-Ah! Não é justo! Eu não posso ao menos ir brincar no balanço!

Ele suspirou.

-Não sem alguém.

Protestei.

-Eu não sou tão nova assim! Sei me virar sozinha!!- E enquanto pulava nervosa pude ver meu rosto se aproximando do chão, o que de fato não aconteceu já que ele me segurou.

-Sim, eres. Tens apenas 4 anos de idade e cai sozinha...

-Eu não caio sozinha!! Foi falta de atenção enquanto eu olhava para o meu pé!!-Tentei gritar e ele tampou minha boca.

-Durma princesa. Se aconteceres de novo...

-Nem para tomar água?- Fiz carinha de pidona.

Ele suspirou. Para um garoto de aproximadamente doze anos, que para mim, deveria estar correndo por aí, ele era muito sério. Muito menos.

-Kura.-Chamei e então percebi quem era aquele garotinho. Ele me olhou e sorriu.

-Diga.

-Quando vc se cansará de mim?- Ele pareceu pensativo.Mas logo completei.

-Papai disse que a Senhorita Morela e o Senhor Ka. tinham se cansado de mim e se suicidaram.Até agora vc não se cansou de mim.

-Princesa...

-Princesa não!!! Sassá!-Disse pulando de um pé para outro.

Ele se corrigiu ainda com bom humor na resposta.

-Sassá, eu não irei me cansar de vc.

Pareci entender pq.

-Por que vc me ama? Kura! Vc sabe que eu te amo.

-Sassá, vc é...

-Eu posso ser nova ou seja lá o que vc ia dizer! Mais nunca se é nova demais para amar. -Disse dessa vez séria e muito séria para uma garotinha de 4 anos de idade.

-Sim. Sassá. Boa noite.

-Kura.- chamei de novo e ele olhou.

-Não se canses de mim, por favor.- Kura se aproximou e sorriu.

-Sim.

Fiquei em cima da cama e lhe dei um beijo na bochecha.

-Boa noite Kura.-Ele pareceu resistir a algo e fechou os olhos saindo do quarto. Senti meus olhos arderem como algumas outras vezes que isso tivera acontecido.

Quando dei por mim, não estava sozinha junta de Kurapika.Meus olhos ardiam que nem braza ardente, um fogo percorrendo toda a minha alma, eu não conseguia me manter sentada mesmo assim, porém não conseguia me levantar.Kurapika me segurou e quando de relance olhamos os dois para a janela: Kara tbm estava lá.

E ela trazia reforço. Um grande reforço.


sábado, 17 de abril de 2010

Cap. 10 : Uma surpresa.








Razões para o meu fim...
Existia várias para eu estar morta naquele momento...
Mas algum milagre, ou espécie de pena do destino fez eu ainda estar viva naquele momento. Sucumbida pelo próprio erro. Minha cabeça estava confusa. Alguma coisa de trovão...sangue... Não sei ao certo.




Levantei-me um pouco tonta e com uma dor de cabeça leve. Se eu não visse Kara sentada no sofá fingindo que nada tivesse acontecido não teria lembrado.




-Vc está pensativa. Por que não se afastastes ontem?- Disse kara e fitou um ponto no chão. Não consegui responde-la.




-Eu...-Tentei.



-Idiota! Não era para eu...ter...sua...-Kara chutou a mesinha na sua frente que voou até a parede e fez um longo estrondo quebrando-a. O nervosismo dela afetava até a força.


-Que droga! Preciso me controlar.- Kara tocou na cabeça e soltou um grunhido logo após apertando o sofá e fazendo um buraco nele.


-Eu nem devia estar aqui. Minha preocupação...eu...- Kara tentava o máximo se controlar.


-Calma, estou bem. Acho que é o que mais importa.- Tentei.


Kara me olhou. Percebi que seus olhos estavam vermelhos como na noite passada. Passando longe de mim ela gritou algo que naum consegui entender, mas logo soube. Ela meteu a mão em um espelho grande na sala dela quebrando-o em pedacinhos.


Me joguei no chão tentando sai do alvo dos pedacinhos e, quando olhei novamente alluka não estava mais ali. Uma surpresa por que não tinha nem se passado 5 segundos que eu tinha olhado novamente para a sala e para o espelho.


Comi um biscoito que tinha na casa dela e segui para a casa de Kurapika para tentar me desculpar pelo ocorrido. Quem atendeu fora Gon.



-Oiii!! Tudo bom??- Fiquei a pensar e quem sabe quando Kara voltasse eu poderia mostrar ela para todos, duvido que ela conhecesse. Não seria uma má ideia. Meus pensamentos voaram longe.



-Tudo! O Kurapika está??- Perguntei sorridente e Gon assentiu e Killua apareceu a porta. Ele não estava com uma de suas melhores caras.


-O que vc quer?- Ele perguntou rude e eu tentei lembrar o que tinha feito ontem, mesmo com a cabeça latejando.


-Falar com o Kurapika.-Disse.


-Killua, vou chamar o Kurapika! Não deixa a Sassá ir embora como ontem, viu? -Disse Gon.


-Sim. -Disse Killua sério.



Gon partiu.


-Não sei o que fazes aqui.



-Fiz algo? -Perguntei.


-Não sei. Acho que só vc saberá. Por que não tentes perguntar para alguém? -Killua arqueou uma sobrancelha.


-Killua...vc está estranho...vc...-Disse e Killua tirou a mão do bolso de qual saia um pequeno raiozinho.



-Sim, estou, se queres me dar licença...- Killua me empurrou e saiu. Se eu pudesse entenderia.


Kurapika apareceu na porta secando o cabelo com a toalha. Sorriu.


-Entra.


-Cade o killua? Me espera!!!-Disse Gon e saiu correndo.


-Hm...mto estranho! Tres garotos em um mesmo apartamento. -Disse rindo de brincadeira.



-O que insinuas?-Ele disse e me agarrou que nem um saco de arroz me tacando no sofá.



Ele tocou em meu rosto.


-Achas mesmo que vai sair dessa sem problemas?- Ele disse e completou- Ainda não me pedires desculpas por ontem.



-Comecei a rir e quando estávamos próximo para se beijar...



Uma lembrança me veio...





Meus olhos abriram-se e eu me senti como se tivesse caindo em um abismo e nunca conseguisse voltar. Como se eu realmente voltasse a ficar em coma, só que dessa vez eu não estava em coma, eu estava lembrando de coisas que por muito tempo eu esqueci, coisas que por muito tempo ficaram em minha cabeça, mas nunca tive a chance de lembrar...



Agora eu lembrava...






Surpresas não esperam, apenas acontecem, sem pedir autorização ou identidade..

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cap. 9: O sonho acabou.




-Sassá, esse é o Killua e esse é o gon. Gon, Killua, Essa é Sassá.- Disse Kurapika sem jeito.

-Prazer.- Disse e estendi a mão.

-Oi!^^- Disse Gon.

-Oi. –Disse Killua.
-é,posso fazer uma pergunta?- Perguntou Killua.

-Acho que o que você já disse é uma pergunta ¬¬’ –Disse Gon.

-Não é não, não é mesmo Sassá?

-É.-Disse sem jeito.

-Viu, só é para você gon, agora posso fazer uma pergunta?Ou será que preciso descutir como é uma pergunta sem ser pergunta?- Perguntou Killua mais uma vez, eu estava me segurando para não rir dele.

-Pode. –Disse Gon

-Por que vc tah com esse vestido, no apartamento do Kurapika? Algo me diz que...- Kurapika pisa ‘discretamente’ no pé de Killua que começa a reclamar segurando o pé.

-Eu- eu tenho que ir. –Disse sem jeito correndo dali até a porta. Eu que não iria ficar ali. Corri e escorreguei no corrimão, decidi ir pela escada, era mais fácil. Corri numa maratona que eu nem imagino e cheguei em tão em frente ao apartamento de Kara.



Um trovão cortou o céu naquele momento.

-Faz tempo que não nos vemos Sá, ou eu diria Sabrina.- Um trovão cortou o céu iluminando o rosto da mulher que falava comigo. Eu não acreditava em quem via.

Meu coração acelerou. Não era Marta, quem eu achava que era, era mais assombrador do que isso, ver o reflexo banhado de sangue dela na superfície da rua. Era quem eu menos queria que fosse, imaginava que fosse.

Eu senti medo, a sua figura sinistra olhando-me, poderia naquele segundo acabar com a minha existência. Teria eu forças para continuar a caminhar?

E Alluka pulou a minha frente. Seu sorriso inescrupuloso a fitar-me.

-Sentes medo?

-Deveria, não?-Impliquei.

Alluka riu.

-Digas você.

-O que queres?- Perguntei séria, tentando engolir o medo com o que sobrava de saliva.

-O que será? Penses, sangue!

-Você não parece bem mesmo, talvez saiu de seu controle.- Disse e Alluka me pegou pelo pescoço. Senti uma pressão e percebi que suas unhas tinham feito um pequeno corte em meu pescoço.

-Ouvires tanto da realidade Sá, por que não experimentes um pouco dela?- Disse Alluka.

-Sim, ouvi, mas não sabia que vc já não tinha me mostrado.

Alluka riu novamente, eu estava remendo muito, com muito medo para tentar entender aquela risada.

-Sabe, vc as vezes me dá raiva, esse seu modo de ser e entender as coisas. Como consegues entender o mundo dessa maneira tão atrasada?

Me calei para a pergunta de Alluka, ela estava pensativa.

-Eu não consigo entender os seres humanos em sua fraqueza, em seu medo, em seu jeito fútil de agir e ser.

-Deve ser complicado um ser tão inteligente se rebaixar para pensar em nós.

Alluka balançou a cabeça meio entorpecida.

-Deve ser.

Alluka não era difícil de entender.

-O cheiro é muito forte, limpe a sujeira.- Ela disse nervosa.

-Não sei como fazer isso.-Admiti.

Um trovão cortou o céu começando a chover abundantemente.

-Sabe, um dia eu já sonhei que era Humana.

Escutei.

-Foi um sonho até estranho, eu nunca imaginei sonhar assim.

-Gostaria de ser humana?- Perguntei.

-Uma única vez, um único dia. Gostaria de saber como é realmente amar.

E Alluka poderia não estar sendo sincera, mais naquele momento mais do que nunca parecia para mim.

Alluka segurou o meu pescoço e foi tomando posse do que achava que era seu direito, meu sangue.


No repouso de minha alma tão envenenada de pecados
corre o vasto desejo de amar.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cap. 8 Quando voce descobre que vive, descobre que ama.





Ali encontrava- se Kurapika vindo em minha direção. Meu coração disparou de forma que nunca senti antes. Nunca soubera o nome que se dava, mas aquilo se chamava saudade. Eu sentia falta dele.

-Sim. –Disse.

Ele sentou na cadeira que Kara estava.

-Eu tenho uma proposta que você tem que infelizmente aceitar, já que eu sou o responsável por você.

-Como assim?- Perguntei.

-Estou indo para York Shin e

-Já entendi. –Cortei.- Kara tbm ta indo para lá.
Ele pareceu entender fitando o chão.

-Sassá.-Ele chamou mais uma vez.

-Sim.-Disse.

-Há algo que eu preciso lhe contar, claro, se você quiser ouvir.- Ele disse enquanto segurava a minha mão. Perfeito demais para mim, eu ainda era uma criança...

-Sim, pode dizer. –Disse.

-Para onde vamos terá um problema não muito bom, passarei para lá para pensar e tentar arrumar algumas coisas que preciso. Não quero te deixar sozinha aqui, já errei uma vez e fora muito doloroso para errar mais uma vez. Não deixarei isso acontecer.

-O que você está querendo dizer?- Perguntei um pouco confusa, analisando os fatos.

-Nada muito importante. Não terás problema em vir comigo, não?- Ele perguntou.
-Não.- Disse.

Ele pareceu pensar e eu cortei o silencio no quarto.

-Kurapika.

-Sim.

-Como...Como fora o meu passado antes de eu entrar em coma?

Ele olhou para a janela ao seu lado, o sol brilhando mais uma vez. Eu não me lembrara de nada e isso me corroia a alma. Nunca lembraria eu de meu passado tão distante?

-Você irá ganhar alta hoje, aceitaria jantar comigo?- Ele perguntou fitando-me. Corei um pouco lembrando do que tinha dito a Kara.

-E-eu é-é go-gostaria mu-muito.- Disse sentindo minhas bochechas arderem.

Eu nunca tinha sentido aquela sensação antes, como se alguém fizesse cócegas em minha barriga, como se meu corpo flutuasse sobre o mar de forma esplêndida.
Ele sorriu e os seus olhos brilharam azuis nos fleches de luz. Em silencio ele passou a mão na minha testa passando para a bochecha. Aproximando- se lentamente como se tudo fosse em câmera lenta. Como se o mundo parasse para repensar sobre seus atos.


E o silencio marcava a vinda de uma pessoa que nunca pensara encontrar novamente. Nossos lábios se encontrando por um segundo. Meu rosto corando. Tudo numa fantasia perfeita que duvido alguém querer acordar.

Já não tinha mais medo do escuro.


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Kara tinha me arrumado um vestido. Onde ela encontrara aquele vestido eu não sei. Duvido que ela tenha usado, já que...não faz o estilo dela. Nem o meu.
Era um vestido vermelho sangue de alça nos braços. Eu não sabia como ficar com aquele vestido. Na certa Kara queria realmente se livrar de mim naquela noite. Completando a situação eu tive que usar um salto alto. Onde já se vira isso? Eu já não sabia se tinha que me preocupar como andar, como sentar ou até onde podia abaixar sem alguém não ver o mundo!

E ainda assim lá fui eu com aquela roupa. Kara deu um “tchauzinho” no estilo só volte depois das duas e eu entrei no carro. Kurapika me levou até um restaurante. Ele estava em um terno preto. (OMG), ele falou educadamente para eu escolher o que eu queria comer.

Sorri e peguei o cardápio. Estava meio preocupada em como ele conseguiria pagar aquilo, então ao invés de procurar alguma comida que eu gostasse, me importei com o
preço, por que aliás não conseguia ver nada ali que não fosse menos de 100 dólares.

-Um squid fromage. Oh, o que é isso?- Perguntei ao garçom.

-Uma lula ao queijo senhorita. –Disse- me o garçom.

-Sassá.- Disse Kurapika e tocou minha mão, sem querer minha mão voou para longe da dele.Ele pareceu não ver mal nisso, porém eu fiquei sem jeito.

-Pode escolher o que quiser, não o que você não irá comer.- Ele disse sorrindo um pouco.

-Ah, sim. –Disse sem jeito. E então perguntei na maior naturalidade- Como é que é macarrão em, nessa língua estranha aí? –Perguntei. O garçom foi apto a dizer.

- patês Au fromage senhorita - Ele respondeu.

-Isso mesmo! –Disse.

-Um vinho.- pediu Kurapika. E o garçom saiu de perto.

-Kurapika, posso fazer uma pergunta, se você quiser, vc responde.Pode ser? –Perguntei-lhe.

-Ok.

-Onde você estava esse tempo todo?- Ele fitou algo longe, provavelmente pensando no que me responder. E minha cabeça voou longe, para quando eu tinha cinco anos de idade talvez. Tudo parecia um fleche estonteante e desembaraçado, uma mistura incofensável, meu passado, ou pelo menos uma parte deste na minha frente.

-Eu duvido viver a minha vida sem ele ao meu lado.- Disse a um homem com roupas da realeza e ouro e prata espalhado pelo corpo todo.

-Não digas o que vai se arrepender depois, tens só cinco anos e dessa forma será, terás que aceitar tudo que lhe for imposto. Ele não é seu e nunca será e ele será mandado embora se continuares assim.

-Hmpf.

-Sassá?- E eu acordei de meu transe. Um pouco tonta pela lembrança em minha cabeça.
-Sim.

-Você está bem?

-Sim, estou.- Disse.

-Está mesmo?- Ele perguntou mais uma vez.

-Sim, estou.

-Bem, vou responder a sua pergunta,eu estava em um teste.

-Teste? –Minha cabeça ainda confusa tentava assimilar alguma coisa.

-É.
A comida chegou. Comemos calmamente, e logo após eu entrei no carro, os dois quietos como se o silencio marcasse o fim de uma nova época, ou algo assim.
Ele parou o carro em frente ao seu apartamento.

-É, se quiser pode entrar,ou prefere que eu te leve ao apartamento de Kara?-Ele disse e meu rosto corou um pouco.

-A-acho m-melhor.

-Sim. Ele disse fitando o nada.

-Kurapika.- Chamei.
-Sim. –Ele me olhou por um instante.

-Não me deixará mais Né?

Meu coração disparou com tais palavras, a lua cheia brilhando no céu completando o que nunca tive coragem de dize-lo, mas sempre quis.

-Nunca. Eu não me imaginaria sem você, algo doloroso demais para agüentar.-Nos se aproximamos vagarosamente e por fim nos beijamos.Eu estava amando, e poderia admitir isso a quem fosse. O brilho escarlate dos batimentos, a vida pulsando a cada segundo.
Não vi ao certo, mas ele abriu a porta do carro junto de mim e fechou-a me guiando então para o seu apartamento. Já vivia sem os pés no chão, sem a realidade em dia, sem o mundo brilhando na escuridão. Eu estava amando, naquele momento.
Porém as vezes nada é como queremos ou preferimos. A campainha toca, era difícil pensar que alguém tinha tocado a campainha naquele momento. Kurapika demorou, mas parou de me beijar indo até a porta para abrir. Por esses segundos arrumei o meu vestido.


Kurapika disse então em voz alta:

-Sassá, quero que você conheça algumas pessoas...

-Sim. –Disse me levantando e seguindo ao encontro de Kurapika.



terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cap. 7 O Dissabor de viver.






Eu acho que dormi, porque quando acordei estava na cama e tudo parecia ter sido um sonho. Kara estava na cama lendo um livro.

Me levantei e olhei para o despertador ao meu lado. Marcava 01:55h da manhã. Kara me fitou por um longo segundo e eu me olhei por baixo das cobertas. Estava com um pijama azul bebe. Quem tinha trocado a minha roupa?

-Você está bem?-Kara perguntou.

-Sim.

-Amanhã iremos para York Shin. Desculpe essa mudança de cidade, tive que visitar um amigo meu.

-E ele também é vampiro?

Kara não me respondeu, só perguntando:

-Onde... Como?

-O que? –perguntei
-Como você sabia que ele não era o Kurapika?

Refleti um pouco antes de falar. A voz... Não queria ficar parecendo uma louca ao ponto de vista de Kara. Imagina? Eu ouço vozes do além, isso mesmo Kara. Eu sou paranormal, ganhei esses meus poderes depois que sai do coma e entrei numa depressão profunda!Podes crer. Coisa de louco não?

-Intuição.

Ela riu um pouco.

-Você conhece muito bem o seu namorado!

-Sim. - Disse e depois me dei conta do que tinha dito. –Não! Não foi o que eu quis dizer!

-Já era!- Ela começou a rir.

-Você não deixa passar uma só! –Disse emburrada.

-Não!-Ela disse rindo. O silencio voltou logo à tona.

-Que livro você está lendo? –perguntei sorridente pulando da minha cama até a dela. Ela mesmo assim não parou de ler o seu tão amado livro.

-Deixa eu ver. –Disse e ela não deixou eu pegar o livro.Então dei uma de idiota e pulei conseguindo pegar o livro, mas caindo com tudo no chão.

Kara parecia não sofrer nenhuma mudança com isso.

“E seus olhos brilharam, em perfeito esplendor, em perfeita harmonia, saberia eu o significado daquilo tudo? Saberia eu diferenciar o errado do certo, o amor da paixão, a dor do erro? Saberia eu me envolver nessa situação e sofrer no futuro já próximo a dor dos estilhaços em meu coração? Era tão passível aquele momento, seus olhos no escuro. Haveria eu força para dizer-lhe o amor que sentia? Eu tão sofredora alma, caminhando nas conturbações do meio da noite, vivenciando o escuro do dia, poderia eu alimentar uma paixão sofrida pela qual meu coração ansiava? Nenhum som saia em momento algum, nenhuma dor humana poderia transmitir o que eu sentia, amando alguém que me faria sofrer.”

Li e por um momento repensei sobre o que estava escrito.

“Sois vampira Kara?” Perguntei depois de algum tempo para ela.

Ela pareceu pensar sobre o assunto.

“Uma verdade que não deveria revelar para ninguém.”

“Sois?” Perguntei novamente.

“Sou.” Ela respondeu e um trovão se formou no céu. Naquele momento Kara me contara ser uma vampira. Naquele momento.

Senti então uma dor de cabeça enorme e uma tonteira desagradável. E então a voz ecoando no meu ouvido. Tu não serves para nada. Estares em um mundo onde a mentira prevalece, acreditas em quem está na sua frente e não em mim? Acreditas no mundo soberbo e disposto a infernizar sua vida? Acreditas? Sois eu a escuridão, sois eu que sempre estava ao seu lado. Acreditas nela e não em mim? Ainda queres viver nesse mundo que eu deixei você experimentar? Você não está apita a desvencilhar seu caminho, a beber do erro e do pecado, a se tornar a mulher que esse corpo já se formou. Sois ainda criança, aceitas.

E eu comecei a gritar, minha cabeça rodando estupefata, parecendo redemoinhos de vento a soprar minha massa encefálica. Parti, pois para o banheiro vomitando o que restava da minha ultima refeição. Kara correu ao meu encontro. Olhei-a com o pouco que tinha sobrado da minha visão.

-Sá, você está bem, seu nariz está sangrando...-Disse Kara enquanto me amparava pelos braços.

Terminarás sua vida de forma que nunca presenciou. Verás que ninguém estará ao seu lado no momento certo. Onde encontrarás Kurapika nesse momento? Verás minha pobre criança, verás.

-Eu não sei.-Disse enquanto tocava no meu nariz.

-Eu preciso levá-la ao hospital! –Disse Kara.

E minha visão terminou-se. Meus olhos cansados de ver tanto sangue expelido pelo nariz contemplou a escuridão. Não mais conseguia enxergar. Tinha voltado novamente a escuridão? Não! Essa não era uma idéia que eu queria receber, que eu queria descobrir.

“Sassá” ouvi bem longe, meus olhos voltando a abrir.

Kara estava ao meu lado.

Poderia dizer que a minha situação não era as das melhores por tantos tubos que atravessavam o meu corpo naquele estante. O desconforto presenciado em minhas vias aéreas. Concentrei-me por um estante nos olhos de Kara.

-Ainda não me abandonaste. - Disse séria e ela fitou o chão por um segundo, conseguia ouvir naquele momento o seu coração batendo desagradavelmente, a sístole e a diástole provocando repulsas.

-Não ainda.- Ela disse com a voz embargada.

-Não ainda. –Repeti enquanto observava o meu corpo debilitado, o que fora aquela agressão jorrada de meu corpo contra mim? Estaria eu bem?

-Estou bem?- Perguntei-a e dessa vez ela parecia mais relaxada ao dizer.
-Estares, fora só uma reação de seu corpo a algo estranho. –Ela disse sem entender como eu o que significaria estranho naquele momento.

-Ah...-Disse cortando o silencio depois de alguns segundos sem ninguém comentando nada.

E eu sentia medo mais uma vez. O meu lado covarde florescendo e se apoderando do que um dia nunca foi seu. O meu lado covarde estilhaçando meus sentimentos e contemplando o esplendor de minhas últimas palavras. Eu já não era mais criancinha, mas sentia medo do escuro. Eu o temia.

E pior do que ser covarde, de não tentar lutar, de se admitir fraca, era a minha redenção as lágrimas e a insanidade. Fechei os olhos me entregando a escuridão perversa.

-Hora do seu café da manha. - Alertou uma enfermeira enquanto me acordava e colocava uma bandeja no meu colo.

-Sim.-Disse sorridente.

Kara ainda se encontrava lá.

-Ainda não se rendestes e partistes para longe? –Perguntei.

-Não.- Disse ela e vendo que nenhuma reação a resposta me trazia continuou- Ainda não chegastes a minha hora de partir.

-Kara.

-Sim.

-Somos amigas não somos?

Ela hesitou dizer-me algo, mas não tinha reação, talvez lembrando de algum passado muito distante, não sei ao certo. Qualquer um diria que naquele momento Kara iria chorar, mas eu conhecia Kara e aquilo não era de seu feitio. Nunca tinha visto ela chorar, ou pelo menos uma lágrima escorrer de seus olhos.

-Eu não gosto dessa palavra.

-Eu gostaria de usá-la para com você.- Cortei-a.

-Não posso ser sua amiga.

-Por que?

-Não sabes com quem lida.

-Sei, lido com uma pessoa muito importante para mim, a qual não me deixastes sozinha quando precisei inúmeras vezes.

-Não sou uma amiga que alguém queira ter.

-Nem eu. –Disse sorrindo. Ela pareceu se irritar levantando da cadeira e andando em círculo.

-Sassá. Não é a mesma coisa. Olhe para você, linda, inocente, fofa, simpática, que garoto não iria te querer? Minha vida fora conturbada de mais para entender. Jorram pecados imortais nas veias que circulam no meu corpo, não sou uma pessoa em que se deve confiar, nunca.

-Eu acreditaria em você até a minha morte, por que para mim vos sois uma pessoa muito boa.

-Não sabes o que diz, se soubesse estaria gritando mandando eu ir embora.
-Fique.- Disse olhando para ela.

Kara me abraçou.

-Amigas?-Perguntei.

-Não quero ver vc sofrer.

-Amigas? –Perguntei mais uma vez.

-Amigas. Ela disse.
E tivemos um momento de silencio, cortado por Kara mesmo. Ela parou de me abraçar e se ajeitou na cadeira, pensativa em dizer- me algo. Esperei que ela continuasse a falar.

-Sá... Bem, você tem uma outra visita.

-Ah, se for o Ryuu fala para ele que se ele entrar aqui eu vou expulsa-lo a tapas.- Disse sorrindo, ela pareceu não achar graça.

-Não é o Ryuu.

-Se não é o Ryuu quem mais pode ser Kara? –Perguntei sem entender.
Kara olhou para baixo e então murmurou:

-Vou deixá-los a sós, saberá de quem estou falando.

-Kara. Fique, como terei certeza que não irá embora?

-Terá certeza, sou sua amiga, não a deixaria.

Meu pensamento voou longe.

-Ok então.
Kara saiu. Passou se ainda alguns minutos antes do visitante entrar. E então vi a porta ser aberta bem devagar, soltei um grunhido e então a voz me chamou:

“Sassá?”

Trailer de lembranças Perdidas.

Bem pessoal, vcs devem naum entender, mas é assim, eu fiz um trailer da história, só que a música naum saiu, então vcs fazem assim, clicam nesse video com a música e depois do trailer que eu fiz ^^ aí fika direitinho, ok?

Bjs. Espero que gostem!!








Espero que gostem. Bjs.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cap. 6 Há ainda uma dor que parte a alma.




Naquele dia andei até um parquinho. Novamente Kara não estava em casa e eu me aproveitei dessa situação. Meu pequeno mundo pacato resumido aquilo esperava incansavelmente uma luz a qual eu não identificava.

-Você aqui?- Ouço e vejo que é Trevs, Ele se sentou ao meu lado. E o mundo naquele estante foge do meu controle.

Ele tem uma faca atrás de si nas mãos. Ele está ali a mando de alguém para me matar.
Não tem como fugir do destino. Ele sorriu. E o meu sonho acabou.


Eu não hesitei. Pulei por cima dele e peguei a faca. Dessa vez, de fato, se tinha uma faca em sua mão, ele tentou se desculpar, mas eu me levantei com força. Ele começou a correr atrás de mim e eu me vi cercada por um grupo de cinco pessoas. Estava perdida, não havia chances.

Eu pedia para Kurapika estar lá.

-O destino não se programou da maneira certa.

Trevs desapareceu. Quem tinha dito aquilo? O que fora tudo aquilo? Estava perdido no Park Center. Eu era um alvo fácil. O ponteiro marcou meia-noite na catedral e eu tentei correr, entrei em um beco escuro, tropecei várias vezes até me aproximar de um troço pontiagudo e novamente cair dessa vez arranhando o braço.

Um monte de pessoas saíram dos lugares mais impossíveis dali, todos estavam a minha volta. Um deles se destaca por ser de um branco que na luz da lua até poderiam confundi-lo com a luz da lua. Ele tinha os cabelos castanhos e os olhos vermelhos sangue, sua face inescrupulosa e seu jeito me davam nojo. Ele se aproximou vagamente de mim, os seus lábios próximos de meu ouvido.

-O que será que uma garotinha com o cheiro tão bom faz na ala dos vampiros?

Engoli seco. Aquela era uma ala especializada? E eu sangrando. Apertei os olhos com força e senti um desconforto percorrer a minha espinha, meus olhos novamente pulam da órbita, eu estou ali com os meus olhos vermelhos, o meu corpo parece não me obedecer, parece ter vida própria.

-Ora, Ora, Você também tem olhos vermelhos? –Todos começam a fazer piadinhas sem gosto e eu sinto um formigamento na minha mão. Eu sei por que, mas não posso deixar o meu corpo reagir contra mim.

-Ih chefe parece que a garota não liga para você.

O chefe mandou ele se calar e ele sorriu para mim. Não consegui me segurar, tudo se revoltou contra e eu enchi a cara do homem com um soco que o fez cair no chão e se levantar um pouco tonto ajeitando o maxilar.

-Ora, ora, você tem uma força interessante, garotinha. Mas acho que já acabou a sua hora! –o homem parece triunfante. Ele ia me acertar em cheio, mas seus atos pareciam estar em câmera lenta, eu lhe dou um chute saindo correndo. Sabia que iam me alcançar e sabia que poderia achar Kara se tivesse sorte. Se eu tivesse.

-Você foi bem, agora deixa que o resto eu faço.-Kara me olha e sai correndo. Sim, Kara não tinha medo de vampiros, talvez fosse um, não saberia dizer... Mas ela não tinha medo como no meu sonho.

Tirei da bolsa que estava nas minhas costas o pequeno diário que Kara tinha me dado. Não confiava nele para contar as coisas que me eram segredos, mas para não ficar feio comecei a contar o que se passava nos meus dias, entre aspas.

25/ 09

Hoje é o dia, tenho que saber a verdade que me escondem a verdade que nem Kara me conta. Que tal perguntar a Trevs?.

Eu sabia que aquilo era uma tremenda mentira e sabia também que Kara acabaria lendo aquela mentira e não sei dizer, mas acreditando provavelmente. Decidi continuar com esta.

Mas a verdade é que eu não estou com nenhuma sorte, isso mesmo diário, fui perseguida por uns vampiros e de alguma forma consegui me defender. São minhas artes marciais fluindo em minha pele!Ok estou exagerando.

Com certeza uma mentira deslavada, mas a verdade ali, nunca.

Kara apareceu e lutou contra eles. Ela está vindo, tenho que fechar. Bjs.

Realmente desinteressante. Kara olhou para o diário por um instante e comentou:
-Escrevendo no diário?

-Acho que sim. É assim que fazemos não é? –perguntei numa naturalidade horrível. Sim, eu sabia mentir e não sabia (O.o)

-Hum. -Kara me acompanha até o apartamento o qual ela diz para eu esperar no centro da sala. Ela foi buscar velas e as coloca no meio de nós duas.

-Você quer a verdade? Pois bem, você terá. - Kara esparrama a vela no chão. Tudo começa a pegar fogo.

-SUA LOUCA! COMO VAMOS FICAR AQUI?

-Fácil. Pegue sua mala, estamos saindo daqui, que tal darmos uma visitinha a uma pessoa especial?

Não me interessei em saber quem era só assenti e sai correndo pegando a minha mala. Andamos não sei quantos km e ela me acompanhou num barco, chegamos a uma cidade estranha. Cheia de árvores e flores, um calor de escaldar para completar a situação.

Ela riu da minha cara.

-Bem vinda a Ilha da Baleia.

-a Ilha de o que? –disse enquanto apreciava aquele local diferente.

-Ilha da Baleia. -Ela repetiu.

O barco mal parou e eu o pulei saindo correndo, Kara teve que ficar para pagar e pegar as malas, e acho que ela ficou muito nervosa por eu ter “fugido” dela. Não tenho culpa se ela demora.

As pessoas daquela cidade estavam muito ocupadas para prestar atenção em mim e eu só vou prestar atenção nelas quando vejo de relance um rosto. Eu conheço aquele rosto. Eu já o vi. Ele está perto. Ele está se aproximando.

-Que prazer em vê-lo Ryuu, pensei que tinha morrido na sua última caçada no País do Hausto. - Kara aparece e Ryuu a cumprimenta com a cabeça Ela faz o mesmo.

-Não, não. O meu pai está com alguns negócios aqui. Veio visitá-lo? –Ele perguntou.
Ela me olhou.

-Sim, vim. Pode fazer um favor para mim meu caro Ryuu?- Perguntou Kara. Provavelmente era para me olhar, do jeito que eu só me metia em perigos não era de se imaginar por que ela pedia isso.

-Sim. -Ele disse e revirou os olhos. Ela saiu vitoriosa e foi para algum lugar comprimido daquela cidade.

-E aí? –perguntou Ryuu e se sentou ao meu lado.

-E aí. –Respondi.

-Gosta de se divertir?

-Há-há falou com a pessoa certa. –Disse.

-Eu acho q você não me entendeu muito bem Miss Sassá. –Ele disse e sorriu agradavelmente.

-Como assim? –Perguntei assustada.

Ele tocou de leve o meu queixo e passou o dedo pela minha bochecha.

-Duvido que você acerte onde eu estou. -Ele começou a correr.
Há-há. Um garoto da minha idade que ainda corre? Impossível não? Sai correndo atrás dele. Aliás, onde ele tinha se metido eu nem fazia idéia.

-Ryuu? –Gritei tentando encontrá-lo.

-Ra!-Ele disse e me jogou no chão caindo comigo.

-ótimo Ryuu, acabei de descobrir o que posso fazer com A minha perna, matá-la!
Ele riu um pouco e passou o dedo pela minha bochecha.

-Desculpe Sá. Meu pai iriam me matar se soubessem que eu estou com uma... Uma... -Ele não tinha palavras para falar a mim.

-Uma...?-perguntei.

-Uma humana!-Ele respondeu, olhando para baixo.
Percebi onde tinha me metido.

Numa tremenda confusão.

Demorei para entender que Ryuu não era um humano, mas como Kara alguma coisa realmente estranha. Eles eram algo que eu nem fazia idéia. Ryuu pairou seu olhar por um gavião que rondava perto de nós. Ele se levantou ligeiro.

-Desculpe Sá. Eu preciso ir. Vejo você por aí.

-Espere, Se você não é um humano o que você...

Não consegui terminar. Ryuu correu por algum lugar daquela cidade. Fiquei ali parada sem fazer nada. Não que isso fosse ruim. Peguei o diário novamente e passei a mão pela folha que eu tinha escrito. Era áspero. A folha rosa cheia de corações brilhava a cor preta da caneta. Comecei a desenhar corações e tive uma pequena idéia. Fui para a última folha.

Aqui estou eu, tentando entender uma vida absurda, perguntas pairam sobre a minha cabeça. O que eu sou? O que Kara é? O que todos que me rondam são? Por que a maioria das perguntas que eu faço não tem resposta?

Quem é Kara?

Risquei a pergunta. Não era uma pergunta que o diário pudesse me responder, só ela. Mas como tocar naquele assunto?

-Sassá? –Chamou Kara e eu fechei o diário correndo jogando o dentro da mochila.

-Sim. –Disse ao ver Kara atrás de mim. Ela estava séria e Kurapika estava atrás dela.

-Acho que você já sabe por que eu te chamo. –Kara deu espaço e Kurapika seguiu até

mim. Levantei-me e distanciei-me. Algo me dizia que aquele não era o Kurapika verdadeiro. Não é ele. É só uma farsa, uma ilusão. (O que era ilusão?). Grite, antes que seja tarde. Faça Sá.

Não sabia dizer se era o meu pensamento ou uma voz do além. Mas realmente aquela voz dizia uma coisa coerente, algo que eu também achava. Pus- me a gritar.

-Ele não é o Kurapika. Kara você acreditou nele?

Kara sorriu vitoriosa levantando a cabeça. A pessoa que não era Kurapika se transformou de volta, era Ryuu, por que ele fazia aquilo?

-Por quê? –Perguntei assustada dando dois passos para trás.

-Não foi por que eu queria. –Ele disse e Kara pegou minha mão seguindo comigo. Me soltei com um pouco de dificuldade.

-Para onde você está me levando?- perguntei e ela me fitou.

-Ora, você não precisa ficar sabendo por onde vamos, apenas venha comigo. Preciso te mostrar algumas coisas. –Ela tentou pegar minha mão novamente. Dei um passo para trás.

-Não!-Disse alto. –Eu não vou com você. Não sei para onde vou e nem sei se você realmente é a Kara.

Kara revirou os olhos e tirou as duas espadas das costas.

-Sá. Vamos logo, eles estão nos esperando, se você demorar mais um pouco é capaz de vir te buscar. -Ela disse séria.

-Eu não ligo. –Disse.

Kara deu uma gargalhada e seus olhos mudaram de cor e voltaram ao normal.

-Hoje eu não estou muito bem para discutir com você Sá. Vamos logo, ou realmente está esperando o seu príncipe encantado te levar?

Engoli seco, mas não me mexei.

-Kara cortou o chão com as duas espadas. Estava nervosa.

-Vamos logo Sá. -Ela disse.

-Vamos, venha Sá. – Ryuu me estendeu a mão.

-Eu já disse que não vou. Não confio mais em vocês para seguir. Eu não sei nada da vida de vocês e vocês sabem tudo da minha. –Disse nervosa.

Kara deu mais uma gargalhada.

-Sério Sá?

Assenti.

-Não é o que parece...

-Calma... - Disse Ryuu para Kara.

Kara virou a cabeça na direção dele.

-Não se meta. - Disse entre dentes e logo após virando-se para mim.

-Você pensa que me engana Sá, mas não, você não me engana. Eu sei que você esconde muita coisa de mim, claro que sei muitas delas, mas sei que escondes. Sei as perguntas que tenta saber.

-Mas isso não tem nada haver. Você sabe mais coisa sobre mim do que eu de você.

-Sério Sá? Então vamos lá... Eu não sabia que você já sabia de seus olhos.
Engoli seco.

-Você não precisa ficar sabendo de meus olhos, mas sobre você. Por que você tem uma força extraordinária e uma velocidade incrível?

-Você tem certeza que no fundo de seu coração você não sabe Sá? Você sabe muito... Lembre- se disso. Sabe o que eu sou?

- Contando o que não devia minha cara? –Perguntou um loiro que apareceu de repente. Estava com uma mão no pescoço de Kara que tirou sua mão ferozmente.

-Não, sabes que não sou como és tu. - Kara deu um sorrisinho irônico e o loiro desapareceu e quando fui perceber ele estava com uma mão no meu pescoço.

-Ora, Ora, Ora, quem eu encontro aqui. Que honra de sua presença. –Ele disse em meu ouvido e passou a mão pelo meu cabelo. -Nos encontramos depois Kara. E você também minha cara Sá. –Disse o loiro e desapareceu. Kara socou a parede.

-Ryuu leve- a para longe de mim o mais rápido que puder. Agora!!!

-Mas... -Tentou Ryuu.

-Agora Ryuu!! Sabes que não tem muito tempo. Vamos rápido. – Kara estava com a cabeça baixa. Ryuu me estendeu a mão. Hesitei por um estante.

-Kara...?

-Ela vai ficar bem, vamos Sá. Você precisa descansar. - Ele disse carinhosamente e eu segurei a sua mão. Ele me colocou nas suas costas. Antes de correr ele olhou rápido para Kara e eu também. Logo após tudo ficou escuro.


....

O que achou?