quarta-feira, 28 de julho de 2010

Diário da Sá.




Eu devia tentar agradecer por não ter memórias. É verdade. Eu não queria que elas existissem nesse exato momento! Daria quanto fosse para apagar da memória o ser mais inútil da minha vida: Alluka.

Eu até acreditaria no que fosse. Iria até para o lado de quem tivesse que ser. Livraria desse carma de "ela me ajudou".


A verdade é que eu não me lembro de nada de hoje e é sério. Eu queria lembrar hoje. Alluka fica rindo pelos cantos...Eu acho que fiz alguma besteira embora ela nada diga. As vezes queria perguntar para alguma enfermeira, mas e se fosse ruim o bastante para eu querer esquecer?


Odeio quando perguntas rondam minha cabeça ú.ú Odeio esses tipos de perguntas e odeio o riso de Alluka! Ela não sabe mentir ¬¬ e nem omitir.Vire e mexa vejo ela pensando em Misu... Eu não sei como é a Misu... Mas jurava que ela não era.... meio... um pouquinho só loira....


Eu devo estar ficando louca. Se eu fiz alguma besteira não foi por mal... Pessoas me matariam depois dessa -lê-se Kurapika. Enquanto isso eu fico pensando em como tentar lembrar...


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cap. 2 : Aconteceu.




Eu acordei sem saber exatamente o que tinha acontecido. A minha cabeça rodava e eu estava em um hospital. Usava um pijama verde hospitalar. O sol batia entre a janela e Alluka olhava deste. O silencio pairava sobre a sala. O por do sol iluminava o rosto de Alluka dando um contraste com seus olhos verdes.

-Sentirá uma dor de cabeça...Bateu com esta a pouco tempo atrás.

Eu estava pior do que bebado. Tentei me esforçar para lembrar de algo, mas nada vinha em minha cabeça, era como se tudo tivesse sido apagado. Alluka pôs-se a explicar:

-Voce bateu com a cabeça em um poste quando vinha correndo na direção dos garotos...

Tentei imaginar aquela cena. Era cómico.

-Mas alguma coisa idiota que eu fiz?-Perguntei corando.

Alluka pareceu pensar.

-Acho que não. Depois vc desmaiou e caiu... e ta aqui agora.- Alluka parecia se divertir ao dizer isso. Eu não via nenhuma graça com aquilo!

-Antes disso...Quando vc ainda estava no controle... Voce quis pular a parede...Foi difícil mostrar a vc que aquilo ali era uma parede.- Ela mostrou uma parede.

-Certo...Eu lembro de algo parecido com uma janela ú.ú- Comentei rindo um pouco.

Ela riu um pouco e lembrou de algo desagradável...Não entendi por que ela ria...

-Ok. Vc não parece estar bem.- Disse fechando o sorriso e arrancando o tubo que estava em minha mão.

-Voce não pode sair.-Ela disse fechando o sorriso.

-Eu quero. Tente a sorte me impedir. Poderia te vencer como venci na floresta.

O olho de Alluka brilhou um pouco vermelho e voltou ao verde.

-Eu não deixarei.

-Tente.- Disse pegando a minha espada na cabeceira da cama. Alluka olhou esta.

-Não vou te atacar. Prometi isso.- Ela tentou sorrir.

-Quando voce prometeu isso que eu não me lembro? -Disse e o último raio solar saiu do quarto.

-Sempre. E nesse exato momento.

Mostrei uma tentativa de sorriso e então apelei.

-Prometeu o mesmo para Misu não foi mesmo?

-Não se atreva a...

-Eu já sei da história toda. Fala sério!

-Não quero cometer o mesmo erro.- Disse ela.

-Nem eu. Por isso fugirei antes de que algum problema possa acontecer. Antes que eu sofra como sofri.

Ela riu.

-Vá então. Ainda nos encontraremos muitas vezes. Aliás, soube que descobriu o que é não é mesmo?

Meu sorriso fechou. A olhei com ódio.

-Sim. Isso não lhe interessa. Eu...

-Eu já sei tbm. -Ela começou a rir.

Sai dali, antes que fosse tarde.

Antes que tudo estivesse perdido.

Antes que eu voltasse a sofrer.



'O meu último pedido foi nunca lembrar. Mas do que seria bom não ter lembranças se quando te vejo sei que és essas tantas que quero esquecer?'

segunda-feira, 12 de julho de 2010




BÔNUS.



Diário de Sá.


Não faz muito tempo que precisei de um diário para descarregar todos os meus sentimentos. A verdade, é que Alluka que me ensinou a usar deste como seu aliado já que nesses tempos não temos aliados.


Hoje foi mais um dia que precisei escrever aqui para esparecer um pouco toda a raiva que tive e que não acabou quando soquei a cara de Drácula. Ele é patético e sempre está tentando seduzir embora nunca consiga isso comigo. Eu o odeio.


Aprendi também com uma velha amiga minha, embora não goste de usar disso como ela usa e embora tenho planos para o futuro para que todos se satisfaçam mesmo que isso valha a minha morte a usar as pessoas e o que elas tem. É exatamente o que faço a respeito de Drácula, uso suas aptidões de ensino para logo estar treinando sozinha ou com alguém ainda mais forte.


Sabe, escrevo aqui também por que é mais fácil alguém achar isto e não sentir tanta saudade de mim como creio que sentirão. E também por que foi a partir de um diário que conheci a amada de Alluka: Misu.


Nada que estou muito afim de comentar hoje...Por que só venho aqui introduzir o meu diário.

Algo a não esquecer quando tudo estiver no fim....E como último pedido, mesmo aqui a única coisa que peço áquela que fora a única amiga de verdade que tive... Que como Misu, ela lembre de mim em seu diário, mesmo que para dizer que passei despercebida como creio ter passado.


Queria ter um destino melhor, é o que mais quero. Porém por enquanto é isso.

domingo, 11 de julho de 2010

Cap. 1: Tempo de aprendizagem. Encontros Inesperados.




Estava usando uma calça elástica rosa pink e uma blusa preta. Os cabelos soltos ao vento quando não tinha chances de ser perseguida. Em mim cintura havia um par de luvas ganhado de uma pessoa depois de matá-la. Naquele dia agarrei minha espada quando ouvi a mais ou menos dois metros e meio alguém molhando o rosto no lago. Um intruso? Aquela era uma floresta habitável, mas o cheiro daquela pessoa não parecia ser de ninguém que habitava as redondezas dali ou era um mero turista. Era alguém perigoso.

Coloquei meu par de luvas e prendi o meu cabelo para nenhuma interrupção do ar. Pronta para atacar esperei a pessoa molhar o rosto novamente e ataquei.

Esta segurou minha espada e tentou um chute. Suas espadas estavam longe. Consegui bater em sua mão e minha espada voou. Segurei-a. Ela já estava com as duas espadas na mão. Desapareci e apareci por trás. Quando ia atacá-la a espada dela cintilou com a minha. Tentei um chute e ela desviou. Nossas armas cintilaram de novo e ela teve que se desviar da árvore atrás dela molhando o pé na lagoa gelada. Ela saiu logo.


Soltei a espada mostrando querer luta livre e ela estalou o pescoço fazendo o mesmo. Ela desapareceu e tentou um soco, abaixei e lhe dei uma rasteira. Ela pulou. Na mesma hora desapareci acertando sua barriga. Ela tinha me substimado. Ela ficou surpresa com o soco embora não esboçasse nenhuma reação, muito menos dor.Ela caiu no chão, mas quando ia se levantar um vento gélido ultrapassou nossos corpos e eu a olhei vendo seus olhos verdes fitando-me. Eu a conhecia.


-Vo-Voce. -Disse sem saber se esboçava tristeza ou alegria.


-Voce cresceu Sassá. Já não luta que nem uma fracote. -Ela sorriu e se levantou.


-Obrigada.- Disse e me reverenciei. Alluka na mesma hora puxou meus braços para as costas e fora com tanta força que minhas pernas não respondiam para chutá-la.


-Espere tudo em uma luta. Nunca se rebaixe. -Ela disse e me soltou. Massagiei meus dedos tirando as luvas e pegando minha faca novamente.


-Tanto tempo.- Disse.


Ela riu com alguma ideia idiota na cabeça. A qual pois se a falar:


-Eu sabia que ainda íamos nos encontrar.- Ela sorriu e eu não vi nada plausível em sua cabeça que pudesse me responder aquilo.


-Por que?Co...?-Disse e ela me interrompeu.


-Por que nesse exato momento não estamos mais sozinhas.- Alluka olhou para um lado da floresta e eu senti uma leve tontura tomando conta de mim. Alluka me segurou.


-E começa agora.- Ela disse. Me lembro de olhar em seus olhos e tudo ficar preto. Agora eu estava presa de novo no obscuro de minha alma. Não sei por quanto tempo. Não sei até quando.


Talvez para sempre.








"Encontros inesperados trazem problemas inacabáveis e amores inesquecíveis. Trazem pessoas nunca mais vistas ou esquecidas. Trazem novamente as feridas que eu tinha em meu coração. [Sassá- chan]

O que achou?