sábado, 19 de junho de 2010

Prólogo da Segunda Temporada.




Prólogo.




Treinar da forma que eu treinava assim só não bastou. O obscuro de minha alma corroía aos poucos o meu ser e eu tive que achar uma maneira de ser forte por contra própria.

Todo dia lutando para não ser o alvo certo e aprendendo a sorrir até mesmo triste. Aprendendo a ser forte vendo aquilo que chamamos de alma desaparecendo aos poucos.


Como alimento tive que aprender a caçar e cozinhar ou até mesmo nas piores das situações - que muita das vezes eram quase todas - Me alimentar de pessoas que eram humanas. Se eu era humana? Não saberia mais informar isso. A verdade dói, mas eu não senti nem um nojo daquele sangue escorrendo pelas minhas mãos.


O brilho escarlate dos meus olhos eu já conseguia controlar e, agora nesse meu novo recomeço eu usava vestimenta que a muito tempo nem sequer pensava em usar. Eu mudara e sabia disso.


Não poderia eu desvendar o que o meu futuro poderia me trazer. Eu tudo muito incerto e ingenuo. Eu muita das vezes agia assim. Meu destino? Talvez. Talvez andar pela rua em busca de uma pequena luz possa mudar o meu destino, talvez encontrar o que eu era novamente possa mudar algo.

Se até lá eu ia viver? Apenas este poderia me dizer isso.


Sassá.

sábado, 12 de junho de 2010

Capítulo bônus.




Narrado por: Sassá.


Acordei com um barulho no teto do meu quarto e então Kurapika abriu a porta do meu quarto ferozmente. Olhei-o sem entender. Era provavelmente apenas um vazamento na caixa d'água.


-Sassá, arrume-se vamos. Precisamos correr.- Ele disse rapidamente e me olhei de forma assustadora enquanto eu me levantava para poder correr.


-O que está acontecendo? -Perguntei e como estava vestindo um vestido coloquei um casaco por cima. Ele olhou a janela, seu olhar era frio e também vermelho. Eu conhecia aquele vermelho, a marca de meu clã. A marca de nossas vidas e de nossos destinos. De nossas emoções ou perigos.


-Tenho que te salvar minha Sá.- Ele disse e segurou minha mão. O olhei nos olhos. Como sempre as lágrimas tentaram atacar meu rosto.


-O ataque final?- Perguntei e ele olhou a janela e assentiu. Logo em seguida ele me puxou e me tacou no chão. A janela fora quebrada e os vidros voaram pelo corpo dele todo. Eu voltei tentei ficar forte para não chorar. Ele provavemente estava ferido como todo o meu povo e eu não gostava de pensar nessa ideia.


-Vamos.- Ele se levantou. Tinha um corte na bochecha o que mesmo assim não fez ele deixar de correr. Ele me pegou no colo e pulou a escada em apenas segundos. Chegamos no pátio e este estava cheio de pessoas do meu povo tentando lutar e salvar suas vidas. Não acho que tenham nos percebido já que não vieram até nós. Kurapika correu e pulou junto de mim até um monte de corpos todos mortos não fazia muito tempo e ainda assim jorrando sangue.


-Fique quieta. -Ele ordenou e acho que tinha um plano para fazer nós fugirmos daquilo tudo. Ele tinha que ter. Observei dois homens e uma mulher se aproximar de um homem totalmente encolhido. Kurapika me olhou, seus olhos não estavam mais vermelhos, porém estava com um olhar de uma mistura de pena e tristeza. Olhei de novo para o homem.


-Tudo menos a minha filha. Mate todos, até a mim!- Gritou o homem e eu percebi ser o meu pai. Tentei mostrar que estava ali. Olhei-o. Ele devia correr, devia fazer algo. Meu pai era forte e rude. Ele conseguiria. Ele não podia me deixar ali morrendo.


-Voce acha que se sua filha sobreviver vai valer a pena? Vamos matar todos daqui! Mesmo que ela sobreviva ela não conseguirá ter descendentes. Se liga!- Gritou o de cabelos mais claros. O outro, de cabelos pretos e olhar mais frio fez um gesto com a mão para o outro parar de falar. Seu olhar mostrava que não teria pena. Ele sabia o que fazer.


-Por que fazes esse pedido? Achas que não sei que eles devem estar saindo do quarto nesse exato momento?- O pai não sabia o que dizer. Ele deveria estar pensando quem devia ter contado. E para ser sincera nem eu mesma sabia quem poderia ter sido.


-Por favor.-Pediu o meu pai e o de cabelos escuros me olhou. Quer dizer, olhou para para onde eu estava. Se ele me viu eu não saberia dizer.


-Sim, talvez se eu tiver piedade.- Disse o de cabelos castanhos escuros e fez um gesto de desdém com a mão. A mulher que estava ali e o homem de cabelos castanhos sorriram. Enquanto o de cabelos castanhos brincava de enfiar e tirar a espada do estomago de meu pai a mulher esquartejava. Eu não conseguia ver aquilo. Era muito para mim.


-Não!!!!!!!!!Voces não...-Kurapika demorou mais tampou minha boca. Eu sabia que tinha feito besteira, mas eu não poderia aguentar ver meu pai morto na minha frente por mim. Lágrimas escaparam de meus olhos e Kurapika destampou minha boca. Ele também estava sem reação.


-Voce não devia...-Ele disse sério e uma espada surgiu em sua mão. O homem de cabelos escuros virou-se de volta com um sorriso nos lábios. Eu sabia que naquele momento estaria morta. E Kurapika também por tentar me salvar.


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-Ora, ora. -O de cabelos castanhos escuros me pegou pelo pescoço, eu não aguentava ficar sem ar e Kurapika tentava se soltar do homem e da mulher. Ele já estava gravemente ferido.


-Me...sol...ta-Disse e senti meus olhos quase fecharem e sairem sangue por eu estar sem ar.


-Claro princesinha. Serás a primeira a morrer ou queres ver o seu principezinho morrer? -O de cabelos escuros sorriu e a sua dulpa riu também. Ele olhou feroz para Kurapika.


-Verás sua namoradinha morrer.- O de cabelos castanhos escuros enfiou com toda a força uma espada na minha barriga e eu senti na hora uma dor estonteante, embora depois parecesse normal. Algo gosmento passou pela minha garganta e quando escapou pela minha boca pude perceber que era sangue. Eu estava morrendo. E não tinha o que fazer.


-Adeus minha lindinha. -O de cabelos escuros me tacou na pilha de corpos e eu apenas consegui ver ele enfiando a espada em Kurapika que depois disso fugiu e tentou me pegar na pilha de corpos, mas também caiu.


Talvez ele ainda pudesse sobreviver mais do que eu. Se talvez ele tivesse com o único presente que eu tivesse lhe dado... Talvez este o tivesse salvado. Talvez ele ainda vivesse. Eu estava morta. E como morta fechei meus olhos para a morte. Para sempre. Sem ninguém.


Sem Kurapika.



Obs: Presente >> Um colar com um pingente em forma de morango. Destruido em mil pedacinhos por ter salvado a vida de Kurapika...


Fim da 1temporada.

domingo, 6 de junho de 2010

Cap. 14: A última escolha.

Aviso a todos que esse será o último episódio da primeira temporada. Dividi a história em duas temporadas para dividir a época em que ela ainda descobria as coisas e como última amostra ela se separa de Alluka da época em que ela começa a treinar para se transformar em uma pessoa mais forte, quando tudo começa a tomar um ritmo diferente.
Espero que entendam o que estou querendo dizer e como último aviso queria dizer que depois do último capítulo haverá um capítulo bônus.

Obrigada.

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Alluka se fora para sempre. Suas pequenas marcas em meu coração nunca seriam deixadas porém canalizadas e mantidas para sempre em um calabouço amargurado e sem fim. Enraizadas na profunda tristeza, mantidas no frio da alma, tirando um pedaço de mim que por alguns segundos de vida eu descobrira ser meu.


Meu destino cristalizado, a dor que um dia pensei nunca existir cegando meus olhos. Eu não tinha como sobreviver, eu não tinha motivos para viver. Meu coração tinha sido destruído, jogado no abismo como forma de sobrevivencia. Eu não tinha ido junto dele. Eu ainda sobrevivia ali.






Naquele dia corri para me refugiar da chuva que mostrava-se determinada a limpar os pecados mais absortos de um alma corrompida como a minha. Porém parei de relance ao olhar o beco. Meus olhos arderam. Algo forte. Entrei dentro do beco escuro.




-Finalmente. -Ouvi e um homem deveras bem arrumado surgiu a vista.




-Quem é voce?- Perguntei rudimente.




Ele balançou um pouco os cabelos e sorriu.




-Não conheces Drácula?- Ele riu um pouco.




-Não.- Disse e um vento gelado ultrapassou o meu corpo.




-Que pena. Teria eu uma proposta para vós.- Bradou ele. Enrijeci. Proposta? Que tipo de proposta?




-Algo me diz que procuras alguém para companhia.




-Não procuro companhia.-Disse rude.Olhei para minhas mãos.O que eu realmente procurava? Qual era o destino que eu seguiria dali para frente? Uma ideia me ocorreu. Eu não queria ser protegida ou aquela que colhe seus pedaços, retalha seu ser em pedaços insignificantes. Eu queria poder tomar conta de mim. Eu queria ser forte. -Eu quero aprender a lutar.




Pensei e começar com "Drácula" poderia me dar alguma base para começar a treinar sozinha e treinar meus pontos fracos.




-Posso lhe ajudar se voce me ajudar.- Ele disse.




-O que voce quer? -Minha pergunta foi bem taxativa.




-Alguém para eu saciar minha fome quando preciso.




-Desde que para isso toda vez que se sentires assim decida lutar contra mim e quem ganha escolhe...-Propus inteligente e ele pareceu considerar.




-Começamos agora.-Ele sorriu maliciosamente.




-Não!- Gritei- Começamos amanhã de manhã.




Ele assentiu nao tão satisfeito assim. Segui para a pousada.




Ali estava minha despedida. Ali estava minha vida recomeçando, meu coração colhendo seus pedaços e aprendendo como única forma de sobrevivencia a viver sem a parte que lhe faltava.




O dia de esquecer tudo.




O me dia de despedida.... Para sempre.








O destino nos leva as vezes a confusão,outras vezes a loucura. Nunca vi ele me levar para onde sempre quis estar nos meus últimos minutos de vida.[Sassá]Fim da 1ºtemp.

O que achou?