-Sassá, esse é o Killua e esse é o gon. Gon, Killua, Essa é Sassá.- Disse Kurapika sem jeito.
-Prazer.- Disse e estendi a mão.
-Oi!^^- Disse Gon.
-Oi. –Disse Killua.
-é,posso fazer uma pergunta?- Perguntou Killua.
-Acho que o que você já disse é uma pergunta ¬¬’ –Disse Gon.
-Não é não, não é mesmo Sassá?
-É.-Disse sem jeito.
-Viu, só é para você gon, agora posso fazer uma pergunta?Ou será que preciso descutir como é uma pergunta sem ser pergunta?- Perguntou Killua mais uma vez, eu estava me segurando para não rir dele.
-Pode. –Disse Gon
-Por que vc tah com esse vestido, no apartamento do Kurapika? Algo me diz que...- Kurapika pisa ‘discretamente’ no pé de Killua que começa a reclamar segurando o pé.
-Eu- eu tenho que ir. –Disse sem jeito correndo dali até a porta. Eu que não iria ficar ali. Corri e escorreguei no corrimão, decidi ir pela escada, era mais fácil. Corri numa maratona que eu nem imagino e cheguei em tão em frente ao apartamento de Kara.
Um trovão cortou o céu naquele momento.
-Faz tempo que não nos vemos Sá, ou eu diria Sabrina.- Um trovão cortou o céu iluminando o rosto da mulher que falava comigo. Eu não acreditava em quem via.
Meu coração acelerou. Não era Marta, quem eu achava que era, era mais assombrador do que isso, ver o reflexo banhado de sangue dela na superfície da rua. Era quem eu menos queria que fosse, imaginava que fosse.
Eu senti medo, a sua figura sinistra olhando-me, poderia naquele segundo acabar com a minha existência. Teria eu forças para continuar a caminhar?
E Alluka pulou a minha frente. Seu sorriso inescrupuloso a fitar-me.
-Sentes medo?
-Deveria, não?-Impliquei.
Alluka riu.
-Digas você.
-O que queres?- Perguntei séria, tentando engolir o medo com o que sobrava de saliva.
-O que será? Penses, sangue!
-Você não parece bem mesmo, talvez saiu de seu controle.- Disse e Alluka me pegou pelo pescoço. Senti uma pressão e percebi que suas unhas tinham feito um pequeno corte em meu pescoço.
-Ouvires tanto da realidade Sá, por que não experimentes um pouco dela?- Disse Alluka.
-Sim, ouvi, mas não sabia que vc já não tinha me mostrado.
Alluka riu novamente, eu estava remendo muito, com muito medo para tentar entender aquela risada.
-Sabe, vc as vezes me dá raiva, esse seu modo de ser e entender as coisas. Como consegues entender o mundo dessa maneira tão atrasada?
Me calei para a pergunta de Alluka, ela estava pensativa.
-Eu não consigo entender os seres humanos em sua fraqueza, em seu medo, em seu jeito fútil de agir e ser.
-Deve ser complicado um ser tão inteligente se rebaixar para pensar em nós.
Alluka balançou a cabeça meio entorpecida.
-Deve ser.
Alluka não era difícil de entender.
-O cheiro é muito forte, limpe a sujeira.- Ela disse nervosa.
-Não sei como fazer isso.-Admiti.
Um trovão cortou o céu começando a chover abundantemente.
-Sabe, um dia eu já sonhei que era Humana.
Escutei.
-Foi um sonho até estranho, eu nunca imaginei sonhar assim.
-Gostaria de ser humana?- Perguntei.
-Uma única vez, um único dia. Gostaria de saber como é realmente amar.
E Alluka poderia não estar sendo sincera, mais naquele momento mais do que nunca parecia para mim.
Alluka segurou o meu pescoço e foi tomando posse do que achava que era seu direito, meu sangue.
No repouso de minha alma tão envenenada de pecados
corre o vasto desejo de amar.
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